Dado a importância dos acontecimentos ocorrido no Paraguai com o golpe militar e as influencias das elites para perpetua-se no poder, dizemos: Não a sua coja de sugadores, depredadores dos proletariados, dos campesinos, que desde começo da história moderna lutam por sua soberania; contra o colonialismos e os imperialista.
Publico este texto enviado pelo camarada Daniel Veiga, defensor das lutas sociais, da justiça, da liberdade e unidade coletiva e prol da conscientização dos povos e na liderança dos comunistas.
Movimento Pró-Frente – Brasil
A resistência é de todos nós.
Para o Movimento Pró-Frente (Brasil), as recentes medidas adotadas pelo Congresso Nacional paraguaio contra o Presidente Fernando Lugo, e a posse do senhor Fernando Franco, tem o nítido caráter de um golpe de Estado da extrema direita. O Presidente foi eleito democraticamente e seu mandato só se encerra em agosto de 2013. As evidências da farsa legislativa, que culminou na retirada de Lugo da Presidência, por suposto “mal desempenho de suas funções” são muitas, entre elas, destacam-se: a ausência de provas, o rito sumaríssimo e o sequestro do direito de defesa. O tragicômico simulacro de “juicio político” encenado pelo parlamento mais corrupto das Américas, violou todas as tornas processuais e concedeu menos de 24 horas para o Presidente Lugo preparar e apresentar sua “defesa”.
Entre variadas mentiras, há uma acusação verdadeira, que é a de “colocar-se ao lado dos trabalhadores sem terra”. Na realidade, o governo Lugo propunha reformas sociais pacíficas e, de fato, negava-se a massacrar os camponeses em sua justa luta pela Reforma Agrária e recuperação das “tierras malhabidas”, o que só depõe a favor do caráter democrático do Presidente derrubado.
O pretexto para o golpe foi uma provocação orquestrada pela direita em 15 de Junho em Curuguaty perto da fronteira com o Brasil, em que um grupo de elite da polícia política – Grupo Especial de Operaciones, GEO, treinado nos marcos do “Plano Colômbia” – atacou em uma emboscada camponeses sem terra, resultando na morte de 17 pessoas – 11 camponeses e 6 policiais, entre os quais o chefe da GEO, comissário Erven Lovera, além de mais de 50 feridos graves.
As forças reacionárias que tramaram contra a vontade majoritária da população são as mesmas que sustentaram ditaduras ao longo de décadas. Entre as principais lideranças golpistas encontram-se pessoas como: o golpista histórico Lino Oviedo, o narcoempresário Cartes, o fraudador de eleições Galaverna, o dono do monopólio privado dos meios de comunicação Aldo Zuccolillo e Candia Amarilla, este último atual Ministro do Interior é conhecido repressor e criminalizador das lutas populares desde os tempos em que liderava o Grupo de Acción Anticomunista – GAA, durante a longa ditadura militar de Alfredo Stroessner – 1954-1989.
Os golpistas são membros das oligarquias latifundiárias – associados às transnacionais, como a Monsanto e a Dow Chemical –, que desprezam a vontade popular, conspiram para derrubar Lugo desde sua posse e impedem medidas avançadas no Paraguai, em especial a Reforma Agrária. Enfim, são setores historicamente antidemocráticos, direitistas e aliados ao imperialismo, em particular ao estadunidense.
Diante deste quadro, o Movimento pró-Frente:
· rechaça as manobras golpistas, adotadas pelos setores reacionários do Paraguai, e a tentativa de interromper um processo legítimo que busca reformas no País;
· manifesta sua a solidariedade, e o seu apoio, ao Presidente e ao povo paraguaio;
· uni-se às vozes antigolpe e convoca as organizações democráticas, progressistas e populares – do Brasil e do Continente – a rechaçarem o golpe de estado e lutarem para garantir que o presidente Fernando Lugo cumpra integralmente seu mandato;
· coloca-se junto à resistência e nas lutas em defesa de melhores condições de vida para os irmãos paraguaios;
· conclama os governos democráticos do Continente a tomarem medidas que garantam a volta de Fernando Lugo à Presidência do Paraguai e a formação de um gabinete presidencial disposto a enfrentar o golpismo e a crise, com pessoas provadas por sua lealdade e sua luta em defesa das liberdades democráticas e das transformações sociais;
· põe-se à disposição do povo paraguaio, e de seu legítimo presidente, para colaborar, no que julgarem necessário, na sua justa luta.
Como é de conhecimento de todos, há muito, o imperialismo está incomodado com os avanços democráticos e a ascensão de governos progressistas na América Latina e Caribe. Com tais mudanças, vem sendo possível uma crescente unidade política em temas regionais – especialmente na resistência ao domínio dos Estados Unidos.
Por isso, são constantes as ameaças, as provocações e os ataques da Casa Branca. De lá vem o aumento das ações intervencionistas, o desrespeito à soberania de países da Região; e o acirramento das chamadas “medidas preventivas”, de que são emblemáticos: o golpe de Estado em Honduras e as tentativas de golpes na Venezuela, Bolívia e Equador, derrotados pela resistência popular; a reativação da IV Frota para atuar na América do Sul; a multiplicação das bases militares estadunidenses em nossos territórios e da malfadada “cooperação militar”; o incentivo à corrida armamentista e a manutenção do “bloqueio” e das agressões contra Cuba.
Sendo assim, para o Movimento Pró-Frente o golpe de estado não é um fato que se restrinja às fronteiras paraguaias. Trata-se de uma ação que visa manter e reforçar a dominação imperialista no Continente. Para tanto, contou, e conta, com respaldo direto do imperialismo americano – como fica evidente na posição do Departamento de Estado dos EUA de “respeitar o processo contra o presidente Lugo”. Não é à toa que, imediatamente após o golpe, o mesmo Departamento, em nota oficial, reconheceu como legítimas as atitudes do Congresso paraguaio.
Para o Movimento Pró-Frente, é preciso denunciar o golpe e lutar para derrotá-lo e impedir qualquer retrocesso político e social – dentro e fora do Paraguai.
Para nós, a melhor forma de barrar o conservadorismo é realizar e aprofundar reformas que interessem as grandes maiorias nacionais. Para tanto, é urgente construir a unidade dos segmentos comprometidos com os trabalhadores e o povo, com a soberania e os interesses nacionais, com avanços e progressos sociais e com os direitos e as liberdades democráticas. Só com a mobilização e organização popular será possível sustentar governos que queiram impulsionar processos de transformação social, por mais moderados que sejam. Assim, unidos, será possível derrotar a reação e construir, a partir de cada país, a Pátria Grande de que nos falou Bolívar.
Brasil, 22 de junho de 2012.
Movimento Pró-Frente (Brasil):
Brigadas Populares – BP,
Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes – CCLCP,
Partido Revolucionário Comunista – PCR,
Refundação Comunista (Brasil) – RC e
dirigentes e militantes políticos.
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