Somente em São Paulo cerca de 300 mil pessoas não podem participar das eleições
Em busca do direito ao voto, cerca de 15 entidades sociais e grupos culturais de imigrantes que residem na cidade de São Paulo realizam uma votação simbólica para prefeito neste sábado (29/09). A Constituição Federal proíbe que estrangeiros possam votar ou serem votados. Na América do Sul, o Brasil é o único país que não concede nenhum dos direitos.
No Paraguai, Colômbia, Bolívia e Peru, por exemplo, é permitido aos imigrantes votar em eleições distritais e municipais. No Paraguai o estrangeiro pode, inclusive, participar das eleições como eleitor e candidato.
A peruana Tania Bernuy, integrante do CDHIC (Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante), ressalta a importância do reconhecimento dos direitos políticos dos imigrantes.
“Nós não temos direito a livre expressão, a democracia, e queremos ter esse direito pleno de cidadania. Nós moramos aqui há tempo, temos família, inclusive, temos filhos que já nasceram aqui, são brasileiros. Então, não tem muito sentido essa exclusão do imigrante não poder votar, sendo que trabalhamos aqui, pagamos impostos.”
Em 2010, o Congresso Nacional e a Presidência da República receberam carta e abaixo-assinado solicitando uma Emenda Constitucional pelo direito ao voto de imigrantes permanentes.
Somente em São Paulo cerca de 300 mil pessoas não podem participar das eleições. O número exato de imigrantes vivendo no país é desconhecido, já que muitos estrangeiros estão em situação irregular. As organizações sociais estimam em mais de 2 milhões o número de imigrantes.
FONTE: OperaMundi
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