DEU NO BLOG, AVANTE! A JUVENTUDE E A REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA
Chega ao fim à maratona dos congressos da JPT nos municípios e estados e para as jovens feministas fica a tarefa de refletir sobre o novo momento político em que se encontra a JPT. A partir de um novo formato de juventude partidária construído no I Congresso Nacional da JPT, dos encontros de jovens feministas do PT e em especial do último congresso do partido onde tivemos a paridade entre homens e mulheres e a reserva de 20% para jovens nas instâncias de direção, surge a necessidade de pensar de que forma esses espaços e mecanismos tem interferido na organização dessa nova juventude petista e como essas jovens tem contribuído para o enfrentamento ao machismo em nosso partido.
O que a experiência dos congressos nos demonstra é que diante do rebaixamento político vivido pelo PT durante os últimos anos, com reflexo na juventude e para a organização das mulheres, onde diversas companheiras de todo o país se filiam ao PT e desconhecem a importância do debate das mulheres, reproduzindo todos os abusos e opressões colocadas na sociedade, à importância da reafirmação feminista do partido ainda se apresenta com um grande desafiado para os próximos períodos.
Apesar dos retrocessos oriundos desse rebaixamento para as feministas, foi justamente na juventude que as mulheres organizadas e militantes adquiriram fôlego para retomar uma ofensiva feminista no partido. Foi no I Congresso da JPT que uma importante conquista política, a implementação da paridade na juventude, foi aprovada. E este foi apenas um dos passos, já que no último período a JPT avançou em políticas para o fortalecimento da organização das mulheres. Hoje podemos apontar ações que colocam as jovens em uma condição “mais real” de contribuir na luta contra a desigualdade e combate ao machismo petista. Uma dessas ações é nossa participação na executiva da JPT, um desafio que deve ser considerado, mas principalmente uma construção política de toda uma trajetória das mulheres no PT.
Mesmo ainda reproduzindo em seus espaços a configuração geral partidária, com muitas mulheres na base, poucas dirigentas, atitudes machistas e que desqualificam companheiras, a política sendo definida entre os homens e sendo esse quadro sendo mais agudo no interior, a JPT ainda assim se configura como um espaço de esperança de uma retomada feminista no partido. As feministas da JPT tem demonstrado ousadia e garra manter a luta pela igualdade, sendo um foco de resistência e contribuindo para os avanços conquistados recentemente pelas petistas.
No próximo período nossa tarefa principal é organizar nossas jovens para a campanha municipal. No pleito eleitoral devemos pensar ações para que a JPT possibilite o crescimento de nossas jovens petistas, desde sua participação, mas principalmente que dialogue com a demanda do partido em construir companheiras mulheres, fortalecendo a formação política, a partir de uma plataforma feminista. Por todos esses elementos é que tarefa das jovens petistas é estratégica para o fortalecimento do PT e construção das mulheres petistas. Nós temos uma luta cotidiana que o ultrapassa os limites da opressão, nossa luta está também em elaborar políticas, pensar nossa atuação como mulheres e jovens militantes. Fortalecer o partido e reafirmar o feminismo como alternativa estratégica na busca pelo socialismo.
*Amanda Mendonça, Bárbara Eliodora, Clarissa Alves da Cunha e Talita São Thiago – militantes da JPT-RJ
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