quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Por que a direita bate bumbo por Yoani?

Visita acabou demonstrando que a solidariedade em relação à Revolução de 1959 permanece viva na América Latina


O direito de protestar faz parte da democracia. Essa garantia inclui apupos, gritos, gestos, cartazes e até o esculacho. Apenas exclui o exercício da violência direta, monopólio do Estado em seu papel regulador das relações sociais. Não se pode classificar, como modalidades aprioristicamente antidemocráticas, por exemplo, piquetes grevistas, ocupações de terra e bloqueios de estrada. Muito menos o recurso à vaia.

O sistema democrático, afinal, não tem como finalidade tornar a política o reino dos eunucos, mas normatizar o conflito de classes, partidos e grupos a partir de regras válidas para todos e resguardadas pelas instituições pertinentes.

Efe (20/02/2013)
Yoani Sánchez visita o Congresso Nacional brasileiro, em Brasília. A cubana foi recebida pelos principais representantes da oposição

Protegido por esse princípio, o então prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, organizou uma claque para vaiar o presidente Lula na abertura dos Jogos Panamericanos de 2007 e impedi-lo de discursar. A esquerda aceitou o fato como natural e tratou de mobilizar suas forças para, na garganta, neutralizar as cornetas conservadoras.

Na semana passada, quando a blogueira Yoani Sanchez chegou ao Brasil, diversas entidades e agrupamentos progressistas resolveram botar a boca no trombone, por considerarem insultante a visita de uma dissidente incensada e financiada pelos Estados Unidos, no eterno propósito de combater a revolução cubana.

Esses movimentos tomaram várias iniciativas para demonstrar que, a seu juízo, Yoani era persona non grata. As medidas tomadas, em alguns momentos, até passaram do ponto, caindo em provocações e deslizando para o exagero. Os ativistas eventualmente cometeram erros políticos, correndo o risco da antipatia do senso comum. Agiram, contudo, sob amparo da mesma Constituição que avalizou os protestos do Maracanã.

Inúmeros oráculos da direita reagiram com fúria descontrolada. Cerraram fileiras e acusaram os manifestantes de atentarem contra a democracia, sem pudores de expor sua dupla moral. Boa parte dos que supostamente se horrorizaram com as vaias contra a escriba, vale lembrar, vibrou com a armação de Maia e se dedica a estimular qualquer ação de repúdio, verbal ou física, aos petistas acusados no processo do chamado "mensalão".

Essa indignação pretensamente democrática dos setores conservadores exala o odor de sua contumaz hipocrisia. Claro, muitos cidadãos torceram honestamente o nariz, à direita e à esquerda, pois está sedimentado, em nossa cultura política, que o confronto é uma aberração da natureza. Mas a vanguarda reacionária está preocupada com qualquer outra coisa que não os bons modos.

A direita imaginou que o road show de Yoani Sanchez seria a apoteose midiática de uma nova voz contra o governo cubano. Acreditou que teria conforto para revalidar seu ponto de vista sobre o regime fundado em 1959, dando-lhe ares de unanimidade, em um momento no qual as atenções se concentravam na eleição de Raúl Castro para novo mandato presidencial e no aprofundamento das reformas do sistema socialista.

Essa aposta, além de subserviência ideológica aos Estados Unidos, voltava-se também para desgastar um aspecto importante da política internacional brasileira, qual seja, o apoio à economia cubana e à integração plena do país no bloco latino-americano. Não é à toa que os valetes da blogueira foram alguns ases da oposição mais iracunda, aos quais se somou o inefável senador Eduardo Suplicy.

Solidariedade a Cuba

Qual não foi a surpresa dessa gente, porém, quando reparou que não haveria pacto de silêncio e a empreitada estava sendo enfrentada por onde passasse sua heroína. O governo não saiu um milímetro de seu papel institucional, a favor ou contra a blogueira, mas uma fatia da esquerda resolveu dizer publicamente o que pensava, em alto e bom som.

Bastou para os organizadores da visita reduzirem o número de eventos e Yoani cancelar sua ida para a Argentina, arremetendo diretamente para a República Checa. Temia-se que, em Buenos Aires, a recepção fosse ainda mais calorosa e massiva. O próprio Wall Street Journal, santuário do pensamento conservador, registrou que a presença da dissidente havia sido um tiro pela culatra e ressuscitado a solidariedade com a revolução cubana.

A mesma lucidez faltou a seus pares brasileiros. Como é de praxe, a imprensa tradicional recorreu à pena de articulistas que, com passado na esquerda, atualmente cumprem expediente como banda de música da direita. Outrora essa posição foi preenchida pelo talento político e literário de Carlos Lacerda, até de Paulo Francis. Infelizmente seus herdeiros têm poucas luzes e pálidos dotes narrativos, déficit que parecem compensar com um rancor irracional contra seu lado de origem.

E o ódio costuma ser, como se sabe, parteiro de ideias delirantes. Os manifestantes chegaram a ser comparados com os camisas-negras de Mussolini e as tropas de choque nazistas, enquanto Yoani Sanchez foi citada como equivalente cubana do sul-africano Nelson Mandela. São afirmações reveladoras de que não há limites para o reacionarismo quando as ruas ousam desafiar seu modo de ver o mundo.

FONTE: Breno Altman é jornalista e diretor editorial do site Opera Mundi e da revista Samuel. Artigo originalmente publicado no site Brasil 247.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Denúncia de espionagem envolve Consórcio Construtor de Belo Monte

Fonte da foto: Google pesquisa BELO MONTE
O Ministério Público Federal no Pará recebeu denúncia de que o Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) teria organizado esquema de espionagem contra movimentos sociais e sindicais que se opõem à construção da Hidrelétrica de Belo Monte. De acordo com o Movimento Xingu Vivo para Sempre, um empregado do consórcio foi flagrado infiltrado na reunião de planejamento realizada neste domingo (24), gravando o encontro com uma caneta espiã. Questionado, ele se disse arrependido e concordou em gravar o depoimento em vídeo (abaixo) detalhando sua atuação. Além disso, apresentou crachá e carteira profissional na qual consta o registro da empresa.

Procurada, a assessoria de imprensa do consórcio enviou a seguinte nota na tarde desta segunda (25): “O Consórcio Construtor Belo Monte, que até o momento não foi informado sobre o suposto fato, não tem como prática o envio de observadores a eventos promovidos por outros órgãos ou instituições”. Além do CCBM, o homem flagrado denunciou o envolvimento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que não se posicionou.

A matéria é da Repórter Brasil.

A procuradora Thais Santi Cardoso da Silva diz que ainda não foi decidido o encaminhamento que será dado ao caso, mas manifesta preocupação sobre a gravidade do que foi relatado. “Os movimentos sociais têm todo direito de reivindicar [a interrupção da obra] e essa atitude é extremamente preocupante”, afirma.

O empregado do CCBM chegou a concordar na noite de domingo (24), em prestar depoimento ao MPF, mas depois voltou atrás e passou a negar tudo que havia dito.

Movimento sindical – Em sua denúncia, o empregado do consórcio diz ter começado a atuar como agente infiltrado no segundo semestre do ano passado em canteiros de obra para identificar lideranças operárias, de modo a desmobilizar novas greves. Antes disso, em março de 2012, após a morte de um trabalhador, uma greve geral paralisou os canteiros. Acredita que o trabalho que realizou desde então foi decisivo para a prisão dos cinco acusados de terem comandado a última revolta de trabalhadores nos canteiros de Belo Monte, ocorrida em novembro do ano passado, e na demissão de cerca de 80 trabalhadores.

Ele se infiltrou no Movimento Xingu Vivo em dezembro, beneficiado pela amizade de sua família com a coordenadora do movimento, Antonia Melo. Passou então a acompanhar reuniões e monitorar os participantes.

Flagrado na última reunião do grupo, afirmou estar arrependido, pediu desculpas a todos e prometeu ir a público denunciar a situação. Após gravarem o vídeo com o relato, representantes do movimento chegaram a acompanhá-lo a sua casa, onde ele apresentou registro profissional comprovando ser empregado do consórcio. Ele concordou em prestar depoimento no Ministério Público Federal no mesmo dia, porém, mais tarde mudou de ideia e passou a negar tudo que havia dito.

Segundo o movimento, em seguida, enviou a seguinte ameaça em uma mensagem por celular para um dos integrantes: “vocês me ameaçaram, fizeram eu entrar no carro, invadiram minha casa sem ordem judicial. Isso é que é crime. Vou processar todos do Xingu Vivo. Minha filha menor e minha mulher são minhas testemunhas. Sofri danos morais e violência física. E vocês vão se arrepender do que fizeram comigo”.

Responsabilidades - Antes de se arrepender de ter feito a denúncia, o trabalhador chegou a dar detalhes sobre o esquema de espionagem, informando inclusive o nome dos que o contrataram e detalhes sobre como o serviço era executado.

Em nota, o grupo afirma que “apesar da atitude criminosa” e de “não eximi-lo de sua responsabilidade”, “o Movimento Xingu Vivo para Sempre entende que o maior criminoso neste caso é o Consórcio Construtor Belo Monte, que usou de seu poder coercitivo e financeiro para transformar um de seus funcionários em alcaguete”. O grupo cobra a responsabilização da empresa e do governo federal devido à participação da Abin e diz que considera “inadmissível que estas práticas ocorram em um estado democrático de direito”.

Antes mesmo de o caso ser divulgado, em audiência pública realizada nesta manhã, deputados federais da Comissão Parlamentar de Inquérito do Tráfico de Pessoas já haviam manifestado preocupação em relação ao que consideram perseguição de movimentos sociais na região. A sessão realizada em Altamira (PA) tinha como objetivo discutir e levantar informações sobre o caso de escravidão sexual de 14 pessoas denunciado na semana passada, que acontecia em uma boate vizinha a um dos principais canteiros de obras, em área declarada de interesse público para Belo Monte. Estiveram presentes os deputados federais Arnaldo Jordy (PPS), presidente da CPI, Cláudio Puty (PT) e José Augusto Maia (PTB).

Entre as principais reclamações e críticas dos movimentos que se opõem a hidrelétrica estão os impactos socioambientais previstos, o desmatamento e problemas técnicos no planejamento e execução do projeto. Os opositores defendem a interrupção da construção da barragem e têm seguidamente apresentado denúncias de problemas graves decorrentes da obra.

FONTE: blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br
Texto atualizado, às 17h do dia 25 de fevereiro, para inclusão do posicionamento do Consórcio Construtor de Belo Monte.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

"Socialismo soviético não é apenas o passado, mas o futuro da Rússia", diz líder comunista

Doutrina oficial do partido afirma ainda que o imperialismo é a última etapa do capitalismo, "confirmando a teoria de Lênin"

Divulgação KPRF
Sob a polêmica liderança de Guenadi Zyuganov, comunistas aumentaram sua presença na Duma

“Um partido jovem, moderno, forte, com uma equipe enérgica e excelente programa”. Foi dessa maneira que o líder do Partido Comunista da Federação Russa (KPRF, na sigla em russo), Guenadi Zyuganov, definiu o partido, que acaba de completar 20 anos.

O Partido Comunista russo foi fundado em 1993, dois anos depois da proibição do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), por Bóris Iéltsin. Zyuganov trabalhou no departamento ideológico do PCUS e, desde 1993, é o líder do KPRF.

“Naquela época, estavam todos com as ideias muito confusas. Juntei algumas pessoas na cozinha e disse que o ideal vermelho permaneceria. O ideal de justiça, amizade e fraternidade entre os povos”, contou Zyuganov em uma coletiva de imprensa na semana passada, em Moscou.

Nas últimas eleições legislativas, em dezembro de 2011, os comunistas conseguiram 20,44% de representatividade na Duma (câmara baixa da Assembleia Federal da Rússia), fortalecendo-se como a principal força de oposição do país, com 92 deputados de um total de 450. Em 2007, o KPRF conseguiu eleger somente 57 deputados, tendo atingido o seu auge em 1995, com 157 representantes (34,9%).

Os números, no entanto, não podem ser encarados como uma real aproximação dos russos ao Partido Comunista, mas como resultado da perda de credibilidade dos governistas do Rússia Unida. O partido, que apoia o presidente Vladimir Putin, terminou a jornada eleitoral com 238 deputados (contra 315 em 2007).

“O voto no partido de Zyuganov nas eleições presidenciais e nas legislativas foi um voto contra Putin. 20% dos russos escolheram votar nos comunistas, mas mais da metade não conhece o programa, nem a ideologia do Partido Comunista”, explica o analista político Vladimir Orlov.

O direcionamento ideológico do Partido Comunista russo vem sendo alvo de críticas de setores mais à esquerda do próprio partido, que alegam que a liderança de Zyuganov levou o KPRF para uma ideia que se aproxima mais do nacionalismo-patriótico do que da ideologia marxista-leninista.

“Os velhos comunistas acham que o partido tomou uma linha muito moderada, assimilando o capitalismo. Mas na verdade, talvez seja uma boa estratégia", analisa Orlov.

Por cautela, o programa do Partido Comunista da Federação Russa evita fazer referência à “revolução”. "Falar a palavra ‘revolução’ com os russos é um grande risco. As pessoas têm medo. Durante as manifestações anti-Putin no ano passado, sempre que algum líder mais exaltado ia ao palco e falava ‘revolução’, a maioria das pessoas se calava e não o apoiava”, conclui o analista.

Os comunistas russos acreditam que a disputa fundamental entre capitalismo e socialismo não está completa e que a inatividade do movimento revolucionário é algo temporário. Segundo o KPRF, “a era moderna é a transição do capitalismo para o socialismo”.

O programa do Partido Comunista diz ainda que vivemos em uma época em que “a produção material e espiritual está sujeita às regras do mercado para maximizar o lucro e a acumulação de capital”, através da “exploração dos recursos humanos e naturais, com consequências devastadoras para futuras gerações e para o meio-ambiente”.

"O fundamental do discurso não mudou. Foram apenas feitas adaptações ao contexto do momento. Tem gente que acha que o Partido Comunista nem poderia ter página na internet", explica Sergey Oreshkin, líder juvenil do KPRF. "São novos tempos e um novo modelo de sociedade. Mas a nossa ideologia básica é a mesma".

A doutrina oficial do partido afirma ainda que o imperialismo é a última etapa do capitalismo, "confirmando a teoria de Lênin". O primeiro artigo do programa político do KPRF diz que “depois do fim da União Soviética, a restauração do capitalismo na ex-URSS representa a política de globalização imperialista dos Estados Unidos e dos seus aliados”, que para atingir seus objetivos estão “ativamente usando blocos político-militares e recorrendo a hostilidades abertas”.

A ala à esquerda do partido não vê com bons olhos o discurso oficial. “Há uma tendência burguesa no KPRF. Zyuganov já disse que propriedades privadas são completamente aceitáveis. Estamos acomodados e mudando a nossa ideologia, a nossa base, os nossos princípios”, conta Dmitry, um "velho comunista que ama o camarada Lênin".

Avesso às críticas, o líder Zyuganov reforça o discurso de atrelamento do atual partido comunista ao seu passado soviético. “O socialismo soviético não é apenas o passado, mas o futuro da Rússia”. Para Zyuganov, a política na Rússia deve estar baseada em quatro princípios - poder forte, coletivismo, espiritualidade e justiça.

Patriotismo

O Partido Comunista russo criou em dezembro do ano passado um novo movimento patriótico chamado “Ordem Russa”, que tem como objetivo “unir as pessoas e preservar a civilização russa”. O grupo já que agrega 300 organizações “patrióticas e religiosas”, bem como artistas e legisladores.

Zyuganov declarou a jornalistas que a civilização russa tem sido uma das “mais brilhantes” invenções locais, com 190 povos diferentes, cada um com sua língua e cultura.


A preservação da identidade da Rússia em meio à globalização é um dos objetivos centrais da Ordem Russa, que considera o idioma “a base da unidade e da criatividade no país”.

O discurso anti-EUA também é cada vez mais popular e trabalha em consonância com o discurso do partido majoritário, Rússia Unida. A ameaça externa e o perigo da influência ocidental (mais especificamente norte-americana) fazem parte da criação identitária e imaginária tanto do partido do Putin como dos comunistas.

Divulgação
Discurso crítico aos EUA é um dos poucos pontos que aproximam os comunistas de Putin

“Eles se definem como internacionalistas, mas têm um discurso nacionalista, de patriotismo de Estado. É contraditório”, criticou Yuri Shuvalov, alto funcionário do partido governista.

Homofobia

O partido tem se posicionado sistematicamente a favor da criminalização da homossuxualidade. Em 2006, membros da KPRF atacaram violentamente participantes de uma parada do orgulho gay em Moscou. O ataque foi criticado por diversas associações internacionais, incluindo o próprio Partido Comunista Francês (PCF), que classificou o ato como “vergonhoso”.

Em resposta à critica do PCF, o secretário de imprensa de Zyuganov, Alexander Yushenko, disse que “os comunistas franceses podem apoiar quem eles quiserem na França – homossexuais ou masturbadores”. Zyuganov, por sua vez, afirmou que a parada gay em Moscou é algo “doentio” e que “contradiz os valores morais russos”.

No início de 2012, Zyuganov atacou as políticas sociais da Rússia, apontando a “decadência moral” como a culpa das altas taxas de suicídio (especialmente entre crianças e idosos) e do número de abortos no país.

Sombra de Stalin

A afinidade do partido com Stalin, líder cuja memória divide a população russa, continua sendo uma das críticas mais recorrentes contra o KPRF, classificado pelo pesquisador britânico Luke March como um “conservadorismo militante”.

O partido reconhece Stalin como um líder bolchevique exitoso e como a cabeça responsável pela vitória da Rússia na Segunda Guerra Mundial, contra a Alemanha nazista. O período entre 1941 e 1945, que marca a participação da Rússia na guerra, é conhecido no país como a Grande Guerra Patriótica.

Em 2010, Zyuganov chegou a declarar que “qualquer estabilidade do governo de Medvedev e Putin é resultado do trabalho de Stalin”. O líder comunista disse ainda que Stalin é “um grande homem de Estado que criou um país onde a classe trabalhadora se sente confiante”.


FONTE: OperaMundi

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Associação Nacional de Cubanos Residentes no Brasil “José Martí” (Ancreb/JM). Expedi uma nota sobre a visita de Yoani Sanches ao Brasil

FONTE DA IMAGEM: Voz da Esquerda
Recebi este texto como comentário de "A falácia de uma blogueira" no qual foi postado no grupo Karl Marx Brasil (facebook) por Maria Leite. Creio deveríamos esta sempre atento as artimanhas da grande mídia que só publica o que interessa-lhes e que podem encher seus bolsos.  

A Associação Nacional de Cubanos Residentes no Brasil “José Martí” (Ancreb/JM) expediu dois comunicados sobre a visita ao País da blogueira-mercenária Yoani Sanches. 


Mediante a fanfarra de alguns órgãos de imprensa de direita tomamos conhecimento da visita da blogueira Yoani Sanchez ao Brasil. Com grande desembaraço, ela declarou vir ao Brasil, primeira etapa de uma longa viagem pela América Latina, como “embaixatriz” do povo cubano. Ela tem, como dizemos os cubanos, uma cara bem dura (ou cara de pau em português) para fazer tal declaração. De onde provém e onde se encontra a outorga de tal missão? Quais são as credenciais apresentadas por ela e quem a credenciou?

Durante muito tempo nossa associação tem denunciado publicamente esta senhora como uma grande farsante, financiada pelos interesses imperialistas norte-americanos, por agências da ultra-direita europeia e pela máfia anti-cubana de Miami, recebendo um forte financiamento para difamar a Revolução Cubana e ganhar um lugar de honra entre os “quadros” encarregados de alentar e promover desde fora a subversão interna em nossa Pátria.

Ela, entre as numerosas homenagens e substanciosos prêmios financiados por esses mesmos interesses, foi assinalada como uma das dez personalidades mais influentes do mundo. Isso é motivo de risos para o povo cubano. Quem é influenciado por ela em nossa terra? Quem a lê? Quem a conhece? A ninguém interessam as mentiras e falsidades que ela apresenta no seu blog, traduzido e divulgado internacionalmente em 18 idiomas. Quantos blogueiros no mundo têm essa possibilidade? Quem financia isso? A resposta é clara e pode ser encontrada nos milionários orçamentos oficiais dedicados pelo governo norte-americano às tarefas de subversão dentro de Cuba e nos documentos secretos amplamente divulgados pelo WikiLeaks, que mostram a estreita relação de Yoani com o governo norte-americano e seus representantes em Cuba, com o objetivo de realizar ações desestabilizadoras.

Como é possível que esta senhora possa se autonomear “embaixatriz” de um povo que não a conhece e não se interessa por suas mentiras? O que fica claro, pelo expressado anteriormente, é que ela é na realidade uma verdadeira embaixatriz dos interesses norte-americanos contra nosso abnegado e esforçado povo. Não venha ao Brasil a encher-nos com as suas mentiras anticubanas. Ela não nos representa de jeito algum. Portanto, tomando uma frase bem conhecida pelos que lutam por um mundo mais justo e melhor, gritamos com toda nossa força:
Yoani, go home!

Com esta declaração não terminamos tudo o que temos a dizer sobre esta blogueira. Continuaremos desmascarando-a todo o tempo que seja necessário.

Ancreb/JM
16 de fevereiro de 2013

Venezuela rejeita declarações dos EUA sobre “transição” no país

Governo venezuelano criticou a "nova e grosseira" ingerência norte-americana nos assuntos internos de Caracas


O governo da Venezuela rejeitou nesta quarta-feira (20/02) declaração feita pela porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Victoria Nuland, que afirmou ontem que Washington deseja ver “uma transição” caso o presidente Hugo Chávez não tenha condições de seguir governando o país. O líder venezuelano retornou na segunda-feira (18/02) à Caracas, após mais de dois meses de tratamento contra um câncer em Havana e desde então está internado em hospital da capital.

Em comunicado, o governo venezuelano disse que o comentário de Nuland “constitui uma nova e grosseira ingerência do governo de Washington nos assuntos internos da Venezuela”. Além disso, diz que está “em perfeita sintonia com o discurso da desestabilizadora e corrupta direita venezuelana, o que evidencia, uma vez mais, os laços de subordinação da burguesia local com os interesses do império.”

Nuland afirmou que, "caso o presidente Chávez fique permanentemente incapaz de servir [o país], o nosso entendimento é que a Constituição venezuelana exige que haja uma eleição para encontrar um novo presidente”. Ela também falou que, “obviamente, cabe aos venezuelanos decidirem como irá ocorrer essa transição. Houve eleições, mas não houve juramento do cargo".

Na segunda-feira, uma fonte diplomática norte-americana, citada pela Agência France Presse, disse que, "se [Chávez] não puder cumprir com os deveres do cargo, a Constituição venezuelana requer uma eleição para eleger o novo presidente".

Relações

Reeleito no dia 7 de outubro, Chávez não pôde tomar posse em 10 de janeiro como prevê a Constituição por estar hospitalizado em Havana após a quarta operação contra um câncer em dezembro. O Supremo Tribunal de Justiça aprovou que assumisse o mandato em uma data posterior. A decisão foi criticada pela oposição, que pleiteou a declaração de falta absoluta do presidente e a posterior convocação de novas eleições pelo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello.

A Venezuela e os EUA mantêm relações diplomáticas tensas. Caracas sustenta que Washington teve participação direta no golpe de Estado contra Chávez em abril de 2002. Desde 2010 os países estão sem os seus respectivos embaixadores. Recentemente, mantiveram alguns contatos que visavam melhorar os laços.

FONTE: OperaMundi
* Com informações da AVN (Agência Venezuelana de Notícias)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A falácia de uma blogueira

Página do Facebook: CARBONO 14
Por Luciano Seki
O que é liberdade?! "O homem está condenado a ser livre". Dizia Sartre. 


A mesma democracia que defendemos é a mesma que injustificavelmente condena uma ilha a viver um embargo econômico por décadas, simplesmente por discordar de seu sistema politico. Cadê a liberdade de expressão de um povo soberano?


Guerras foram pregada e levantadas por uma democracia sorrateira, que estar mais preocupada com o lucro de uma guerra e não com o povo. É, guerra dá lucro sim e aos milhões, sem comentar a exploração dos minérios, de pessoas e tudo que se pode gerar a "liberdade" que tanto defendemos e morremos por ela. 

Cuba com todos seus problemas econômico e cercado por países hostis à sua politica; conseguiu zerar o analfabetismo, diminuiu o índice de mortalidade infantil, tem umas das melhores saúde preventiva do mundo, estar fazendo história no campo na ciência com pesquisas contra diversos tipos de câncer, mal de Parkinson e outras doenças com resultado de cura e/ou amenizando tais. 

Cuba não é a "ilha de lost"; mas, alguns países teimam em esquecê-lá e tornar-la seus feitos fictícios. A liberdade é mais válida que o bem comum!? Não estou defendendo o autoritarismo nem tanto fazendo apologia a nenhum sistema de opressão, seja qual for; simplesmente creio nas dificuldades e problemas de um país fechado que tentam sobreviver de um modo conveniente para o bem de sua nação.


Esta blogueira é nada mais nada menos que uma aproveitadora, tentando  enriquecer e tirar proveito da situação, Yoani é um instrumento financiado pelo imperialismo norte-americano e europeu com objetivo de desestabilizar a resistência do povo cubano.

Debater a liberdade de imprensa, significa discutir a ética e moral da notícia e do veículo de comunicação. Sem este princípio ficamos refém de informações sofisma ou seja que podem manipular e distorcer a verdade. "A questão primordial não é o que sabemos, mas como sabemos" Aristóteles. 


"É necessário sermos livres; porém, também é necessário mantermos a ordem e a disciplina" Lúcius Akay

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Morre Almir Gabriel, abandonado pelos tucanos e lembrado pelo massacre de Eldorado de Carajás


Portal G1 

O ex-governador do Pará Almir Gabriel (PTB) morreu na manhã desta terça-feira aos 80 anos em um hospital particular de Belém, onde estava internado desde o início de fevereiro. O político, que governou o Pará entre 1995 e 2002, lutava há alguns anos contra enfisema pulmonar. 



Foi durante a sua gestão que aconteceu o massacre de Eldorado do Carajás, em 1996. 



O velório será realizado no Palácio Lauro Sodré, a partir das 14h. O enterro será na quarta-feira, em Castanhal, cidade natal do ex-governador. As informações são do governo do Estado do Pará. 

Maio de 2011: Coronel condenado pelo Massacre de Eldorado dos Carajás é presoleia mais: Protesto lembra os 16 anos do massacre de Eldorado de Carajás.


Almir Gabriel era médico cardiologista formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Gabriel exerceu dois mandatos como chefe do Executivo Estadual, após vencer duas disputas no segundo turno, derrotando Jarbas Passarinho e Jader Barbalho (PMDB). Ele governou o Pará entre 1995 e 2002, sendo sucedido por Simão Jatene (PSDB), atual governador, na época em seu primeiro mandato. Em 2006, Almir concorreu novamente ao governo do Estado, e foi derrotado por Ana Júlia Carepa (PT). O ex-governador foi um dos fundadores, no final da década de 1980, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), do qual se desfiliou em 2009.



Ele concorreu em 1989 como vice à presidência da República na chapa encabeçada pelo ex-governador de São Paulo Mário Covas. Ele ainda esteve à frente da Prefeitura de Belém entre os anos de 1983 e 1986 e foi um dos representantes do Pará no Senado Federal.


FONTE: Retirado do AnanindeuaDebate

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Partido de Marina nasce contando já ter bancada de pelo menos oito parlamentares

“Quem estiver na fundação, é porque está junto”, diz importante marineiro

Filippo Cecilio, do R7

Fabio Rodrigues Pozzebom/17.06.2012/ABrNovo partido da ex-senadora Marina Silva ainda não tem nome definido, mas deve ter o termo "Rede" na sigla

O novo partido que está sendo criado pela ex-senadora Marina Silva já dá como certa a aquisição de ao menos seis deputados e dois senadores que hoje estão em outras legendas. O ato de fundação da sigla, será realizado neste sábado (16), em Brasília (DF), vai contar com a presença desses políticos de agremiações rivais, que vão se tornar marineiros e compor a bancada do partido no Congresso em seus primeiros dias.

Alguns deles ainda não falam abertamente na migração, como é o caso dos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Cristovam Buarque (PDT-DF), mas sua presença na capital federal deixa clara a mudança. É o que afirma um político muito próximo de Marina, que preferiu não se identificar.

— O evento de sábado será revelador. Quem estiver na fundação, é porque está junto. Alguns ainda tomam certo cuidado para anunciar [a mudança] porque é preciso esperar que o partido se consolide. Se algo der errado, eles podem se complicar onde estão agora. Mas a presença futura é certa. Quem estiver no nosso evento será fundador do partido.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também era cotado para aterrisar no partido que está sendo criado. Porém, defensor da fidelidade partidária, Suplicy disse a Marina que não pretende ingressar na nova legenda antes da conclusão de seu mandato, em 2014.

Em declaração no plenário do Senado na última quinta-feira (14), o petista disse que "não cogitaria, de forma alguma, mudar de partido".

Os marineiros contam, entretanto, com o desgaste de Suplicy dentro do PT, que não deve permitir que ele concorra a mais um mandato ao Senado, para conseguir convencê-lo da mudança.

Na Câmara, o primeiro nome a declarar abertamente adesão ao novo partido foi o deputado Alfredo Sirkis (PV). Além dele, estão de mudança José Antônio Reguffe (PDT-DF), Walter Feldman (PSDB-SP), Alessandro Molon (PT-RJ), Ricardo Tripoli (PSDB-SP) e Domingos Dutra (PT-MA).

Também são dados como certos na nova sigla a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL), o ex-deputado Fábio Feldmann (PV) e o vereador Ricardo Young (PPS-SP).

Cem dias

Para viabilizar sua candidatura à Presidência em 2014, Marina precisa recolher 500 mil assinaturas até outubro, data limite para poder registrar a legenda no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O grupo de apoiadores da ex-senadora espera terminar essa etapa em exatos cem dias, para então tratar da parte burocrática junto à Justiça Eleitoral.

Em seu estatuto, que também será lançado neste sábado, o partido defenderá a "sustentabilidade, a radicalização da democracia, uso das redes sociais como recurso de participação legitimo, a rotatividade dos dirigentes, formas transparentes de financiamento, teto para doações de empresas e o uso de crowdfunding para arrecadação".

Discute-se ainda a possibilidade de restringir as doações feitas diretamente ao partido, e não aos candidatos. Essa forma de repasse é legal, mas torna impossível a identificação de quem foi o político beneficiado pela empresa.

O novo partido deve se chamar Rede Eco Brasil. Alguma mudança ainda pode ocorrer porque algumas das lideranças temem que a sigla fique estigmatizada por se preocupar apenas com a questão ambiental.

O nome representaria a ideia de que a legenda tem de se organizar de maneira descentralizada.

FONTE: R7 Notícias 


Deputado deixa Comissão para investigar Kiss

Parlamentar era advogado de um dos sócios da Boate Kiss e, mesmo assim, tinha aceitado comandar a equipe

Depois da confusão que envolveu a presidência da Comissão de Representação Externa da Assembleia Legislativa, destinada a acompanhar a investigação da tragédia em Santa Maria, o deputado Jorge Pozzobom, do PSDB, resolveu se manifestar. Ele tinha sido escolhido para ser o coordenador da equipe, mas, após o presidente da Assembleia, deputado Pedro Wesphalen, tomar conhecimento de que Pozzobom havia sido advogado de um dos sócios da Boate Kiss, o deputado resolveu renunciar o cargo de presidente da Comissão. 

Nesta quinta-feira, o parlamentar se manifestou. Pozzobom não considerou sua ação antiética – a de aceitar o cargo e, somente depois de sua relação com Mauro Hoffmann ser revelada, renunciar.

O deputado Jorge Pozzobom também afirmou que, quando o presidente Pedro Wesphalen ofereceu o cargo, ele não podia negar, visto que é natural de Santa Maria.

Jorge Pozzobom era advogado de Mauro Hoffmann, sócio da boate Kiss, em um processo envolvendo outra casa noturna do empresário. Agora, a Comissão de Representação Externa tem como presidente o deputado Paulo Odone. Também fazem parte da equipe os deputados Valdeci Oliveira, Giovani Feltes, Mano Changes e Gilmar Sossella.

FONTE: band.com.br 
Da redação, Marina Pagno mpagno@band.com.br

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Curiosidades Literárias

Escritores famosos

1 – Lord Byron tinha um pé torto, mas ninguém sabe dizer qual é. Sua mãe dizia que era o direito, assim como os seus editores, que tinham as botas dele para provar. Mas o fabricante dos seus aparelhos ortopédicos dizia que era o esquerdo. Edward Trelawny, amigo de Byron, espiou as pernas dele depois de morto e disse que eram nenhum dos dois, opinião compartilhada por um médico que examinou as botas dele 100 anos depois e concluiu que ele sofria na verdade de um distúrbio cerebral chamado diplegia espástica.

2 – J.K Roling começou a escrever seu primeiro livro Harry Potter e a Pedra Filosofal, em guardanapos em um bar que freqüentava, e ao terminar o livro ficou com uma terrível dúvida: escolher se comprava leite para sua filha ou mandava seu livro pra editora, hoje ela é mais rica que a rainha!

3 – Honoré de Balzac ingeria cerca de 50 xícaras de café por dia. Ele tinha predileção pelo café turco, preto e forte. Quando não conseguia tomar café, ele mesmo moia os grãos e os comia puros. Imaginem só se ele tivesse conhecido a Coca-Cola…

4 – O mestre do terror Edgar Allan Poe frequentou um internato na Inglaterra que ficava ao lado de um cemitério. As aulas de matemática ocorriam em meio aos túmulos, com os alunos tendo que calcular as idades dos mortos pelas datas marcadas nas lápides. E as aulas de ginástica consistiam em abrir as covas em que seriam enterrados os mortos da cidade. Depois disso, fica fácil entender porque Poe se tornou um dos escritores de terror mais conceituados de todos os tempos.

5 – Charles Dickens era adepto do mesmerismo. Hipnotizava pessoas em festas só por diversão e ajudava amigos a superar pequenas enfermidades. Também era um adepto da interpretação dos sonhos. Pena que ele nasceu antes de Freud inventar a psicanálise, senão o mundo poderia ter ganho um psicólogo mas possivelmente teria perdido Oliver Twist. A palavra inglesa boredom apareceu impressa pela primeira vez em A Casa sombria.A expressão em inglês "What the dickens?"; já era usada antes de Charles Dickens ter nascido, e é uma corrupção da expressão "What the devil?" ("mas que diabo?…").

6 – Leon Tolstói, o autor de “Guerra e Paz”, afirmava que tinha aprendido a falar esperanto em “três ou quatro horas” e passou a defender o idioma universal com unhas e dentes. Além de sua fama como escritor, Tolstoi ficou famoso por tornar-se, na velhice, um pacifista, cujos textos e ideias batiam de frente com as igrejas e governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza. Morreu aos 82 anos, de pneumonia, durante uma fuga de sua casa, buscando viver uma vida simples.

7 – O grande escritor estadunidense Mark Twain era fumante desde os oito anos de idade. Durante a vida adulta, consumia cerca de 40 charutos por dia. E eram charutos do tipo mais vagabundo possível, apelidados de “mata-rato”. Seus amigos faziam questão de levar seus próprios charutos quando o visitavam, com medo que ele oferecesse um dos seus.

8 – Consta que as últimas palavras de Oscar Wilde (autor de “O retrato de Dorian Gray”) antes de morrer de meningite em um quarto de hotel em Paris foram: “Meu papel de parede e eu estamos lutando um duelo mortal. Um de nós dois terá de sair daqui.”

9 – Há quem defenda que Franz Kafka, autor de “A metamorfose”, tenha inventado o capacete de segurança civil, quando trabalhava no Instituto de Seguros e Acidentes de Trabalho da Boêmia, apesar de não haver certeza se ele inventou mesmo o objeto ou só defendeu o seu uso generalizado.

10 – “O Hobbit”, obra do grande JRR Tolkien, foi proibida na Alemanha nazista depois que um oficial do governo alemão entrou em contato com o autor britânico em 1937 para saber se ele era judeu e recebeu a seguinte resposta: “Lamento dizer que não tenho ascenstrais pertencentes a este povo tão bem dotado”. 
Há uma coincidência curiosa em um dos seus livros, partamos desse trecho:

"Três anéis para os Reis Elfos sob este céu,
Sete para os Senhores Anões em seus rochosos corredores,
Nove para os Reis dos Homens fadados ao eterno sono,
Um para o Senhor do Escuro em seu escuro trono."

Se invertermos a ordem dos números correspondentes à quantidade de anéis, teremos 1, 9, 7 e 3, ou, se preferirem, 1973, ano da morte de Tolkien.

E aí, vocês já sabiam dessas?

FONTE: Página do Facebook: Eu amo Ler

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

'Argentinos matarei, bolivianos fuzilarei', cantam chilenos em vídeo

SYLVIA COLOMBO
DE BUENOS AIRES

Um vídeo que mostra integrantes da Marinha chilena cantando uma canção xenófoba ganhou repercussão na internet e causou um mal-estar entre o Chile e alguns países do continente.

"Argentinos matarei, bolivianos fuzilarei, peruanos degolarei", cantam os marinheiros enquanto correm numa praia de Valparaíso. O vídeo foi captado por um transeunte e colocado no YouTube.

A Bolívia foi o país que respondeu de forma mais enfática. O governo de Evo Morales soltou um comunicado em que diz que "o Chile gera controvérsias na região sem justificativa nenhuma".

O Chile tem questões pendentes com o Peru e com a Bolívia. Com relação ao primeiro, tem uma causa sendo julgada no Tribunal de Haia, que diz respeito a limites marinhos. Já os bolivianos pedem, historicamente, uma saída ao mar por meio do território chileno.

Os governos argentino e peruano não protestaram publicamente contra o vídeo. Já o governo chileno qualificou de "vergonhoso" o episódio.


Os 27 militares foram identificados e sanções devem ser definidas nos próximos 20 dias.

A oposição aproveitou a ocasião para atacar o governo Piñera. O deputado socialista, Hugo Gutiérrez, integrante da Comissão de Direitos Humanos, disse "é um cântico aberrante e dá conta de uma dupla moral do Estado chileno, que por uma parte predica caminhos de entendimento nos foros internacionais e no tribunal de La Haya, enquanto que por outro lado há funcionários da Marinha cantando para matar argentinos e degolar bolivianos".

Não é a primeira vez que algo assim acontece. Em 2008, o vídeo de um comandante do Exército peruano, Edwyn Donayre, desatou a ira dos chilenos. Donayre dizia a seus soldados para devolver em "caixões" e em "sacos plásticos" os chilenos que cruzassem a fronteira. O então presidente Alan García se desculpou com Michele Bachelet.

FONTE: Folha de São Paulo

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

RENAN CALHEIROS É, SEM DÚVIDA, O MELHOR PRESIDENTE PARA O SENADO

Por, Luiz Rodolfo Viveiros de Castro (Gaiola)


Foto Google
Chefe do clã dos Calheiros que, desde sempre dominou o município, paupérrimo, de Murici, no estado de Alagoas. Alagoas que é terra de plantadores de cana e de usineiros ricos e de um povo pobre, muito pobre – se não me engano detentor do pior IDH do país, disputando com o Maranhão, estado dominado por seu antecessor na presidência do Senado. Alagoas que já foi conhecida como berço de Zumbi dos Palmares e da guerrilha de Pariconha da AP-ML e que, hoje é lembrada como a terra do Collor e de PC Farias. Renan é um grande proprietário de terras, provavelmente a maioria não registrada em seu nome.

Renan tem uma longa história política. Começou militando no movimento estudantil, ligado ao PC do B. Há controvérsias sobre se foi somente Renan que mudou de lado. E aqui faço um parênteses para falar um pouco sobre este partido que já foi conhecido pela combativa guerrilha do Araguaia e hoje é lembrado pela relatoria do Código Florestal e pelo escândalo dos negócios com as carteirinhas da UNE. Volta e meia fico com vontade de entrar com um processo no Procon por propaganda enganosa: não dá para aturar que este ajuntamento (pra não dizer quadrilha) de negociantes da política, continue se chamando Partido Comunista do Brasil. Dá engulhos ver o relator do Código Florestal entrando no plenário da Câmara aplaudido de pé pela bancada ruralista comandada por Ronaldo Caiado e Moisés Lupion, entre outros. Relator este, Aldo Rebelo, que obteve como prêmio a nomeação para ministro dos esportes, posto desde o qual comanda a organização da Copa e das Olimpíadas, provavelmente com o mesmo enfoque que utilizou no Código Florestal, seguramente não na linha de deixar um legado para o povo mas sim para garantir grandes negócios para os empresários e a máxima subserviência à Dona FIFA.

Fechando o parênteses e pedindo desculpas pela longa diatribe contra este agrupamento, mas é que estava engasgado dentro de mim, volto para a trajetória política de Renan.

Entrou para a carreira política, sim porque é uma carreira, é que nem no exército: tenente, capitão, major, tenente-coronel, coronel e generais de vários números de estrelas. Na carreira política é vereador, deputado estadual, prefeito, deputado federal, governador, senador e por aí vai. Às vezes assumem, sem perder a patente (ou mandato) missões específicas, como exercer o cargo de ministro, não importa em que pasta, os cargos são políticos, não há necessidade de formação ou conhecimento específico para a área de atuação do ministério. Pois é, Renan saltou alguns cargos, preferiu ficar no legislativo, afinal, parece que no executivo a pessoa fica mais exposta, dá pra gente, pelo menos tentar, medir se algo foi executado, já no parlamento, se ficar só no Blá-Blá-Blá e articular direito, cultivando boas relações com seus pares e com grupos de interesse e lobistas, dá pra se manter por lá e, na maioria dos casos, enriquecer.

Renan foi deputado estadual, federal e já está no terceiro mandato de senador – são 18 anos só no senado e ainda tem mais seis deste mandato atual.


Foto Google
Desde 1986, Renan se posicionou sempre do lado de quem estava no poder, salvo na transição, por curto espaço de tempo, entre um mandatário e outro, o cara tem faro, sabe quando a situação vai mudar. Estava com o Plano Cruzado do Sarney em 1986. Bandeou-se para o projeto Collor ainda em 1987, quando foi um dos “quatro da China”, juntamente com seu chefe de então – Fernando Collor, na época governador de Alagoas e auto intitulado, com a ajuda da Veja, caçador de marajás – de PC Farias e Cleto Falcão. Foi coordenador político da campanha de Collor em 1989 e líder da tropa de choque deste, no Congresso, em 1990. Com o impedimento do então presidente, fica quieto por um tempo, mas sem deixar de dar apoio ao governo Itamar Franco. Em seguida defende o Plano Real e se torna ministro da Justiça de FHC – nada mais natural, visto que possui um saber jurídico que o credencia para este cargo. Sempre coerente com seu partido, o PMDB (Partido da Metamorfose Descarada Brasileira), começa a cortejar o governo Lula. Vai para a base governista no congresso e com Lula reeleito em 2006, seu partido ganha alguns ministérios e Renan é eleito PRESIDENTE do SENADO – tá vendo, o cara tem história e tem experiência acumulada.


Aí houve um pequeno acidente de percurso. Alguém denuncia que a pensão que Renan pagava para a mãe de uma filha dele, vinha de uma conhecida empreiteira.

Renan, como bom estrategista, sabe recuar. Simples assim, negocia a renúncia à presidência e escapa de um processo na, sempre rigorosa, comissão de ética do Senado, continuando a exercer seu mandato de senador. Continua prestigiado em seu partido e participa, com papel sempre proeminente, de todas as articulações políticas da base governista. Por sua enorme capacidade política é eleito líder da bancada do PMDB no Senado.

A partir deste posto, passa a ter, junto com o até agora presidente do Senado, Sarney e o líder de turno do PT, o papel central nas negociações para que sejam aprovadas as propostas de interesse do executivo. Credenciando-se a partir daí e da repartição de benesses entre os senadores dos vários partidos – sobretudo os 21 que nunca tiveram um voto, são suplentes, em grande parte financiadores das campanhas dos efetivos, que se licenciam para exercerem cargos de ministro ou se elegem, no meio do mandato de senador, governadores de seus estados – para ser o escolhido como candidato, novamente, a presidente do senado.


Foto Google
O argumento utilizado pela maioria dos senadores é regimental, é da tradição do Congresso que o partido com o maior número de parlamentares em cada uma das casas, indique o presidente e, em sequência, os demais cargos da mesa sejam preenchidos segundo o tamanho das bancadas. Ora, quem acompanha a política nojenta do parlamento de nosso país sabe que nada é aplicado assim, preto no branco. Tem muito debate, muita articulação política para que se chegue a um nome viável para aplicar esta regrinha que lhes é tão cara.

Acontece que esta não é uma regra, não é uma lei, que teria que ser obedecida. Portanto, o correto é apresentar o que se considere o melhor nome para presidir esta casa. Somente aqueles que consideram que lá estão para não mudar nada e que querem manter o estabelecido, se escondem atrás desta tradição para votar no que lhes for mais conveniente. Se assim não fosse, não teria sido considerada legal e legítima, a anticandidatura de Pedro Taques.


E aí aparece a necessidade de fazer um outro parênteses, espero que não tão longo porque o problema é maior e não pretendo esgotá-lo aqui neste simples artigo de desabafo. O problema que está no centro desta argumentação de defesa da manutenção da tradição para a escolha do presidente da casa é a posição do Pt. A partir do momento em que este partido abraçou a fórmula de governo de coalizão e a montagem de uma base não programática e passou a ter como objetivo central a reeleição permanente na esfera federal, não importando a que preço, suas articulações políticas e tomadas de decisão passaram a ficar reféns desta dita base aliada. Atento aos movimentos do PSB, que ameaça tentar alçar voos mais altos, a cúpula deste partido faz qualquer coisa para segurar o PMDB. E acaba topando engolir sapos do tamanho de um Renan no senado, Henrique Alves – que desistiu de ser vice do Serra por seu telhado de vidro, que parece que deixou de existir – na presidência da Câmara e de Eduardo Cunha como líder da bancada e qualquer outra coisa que o PMDB quiser. Em outros tempos, mesmo já nesta fase de base aliada sem programa, o Pt articularia para que, mesmo dentro da linha de que a presidência ficasse para o parceiro PMDB, os nomes escolhidos fossem mais palatáveis. Mas agora o que se pode ver é isso aí. A bancada do Pt no senado decidiu por unanimidade apoiar Renan. Deu engulhos assistir à fala do novo líder Welington Dias, deu nojo ver o bom moço do Suplicy, clamando pela presença de São Francisco de Assis para costurar um nome que fosse consenso entre os 81 senadores, mas, na falta do santo, declarar seu voto em Renan, despertou no mínimo curiosidade a ausência do sempre atuante – sobretudo diante das câmeras de TV – senador Lindberg Farias. Atenção senadores do Pt – vocês são, todos, eleitores de Renan Calheiros, não esqueceremos.

Foto Google
Bom, com tudo que foi dito aqui até agora, pode parecer que há uma contradição gritante entre o texto e o título. Mas quero reafirmar: “RENAN CALHEIROS É,SEM DÚVIDA, O MELHOR PRESIDENTE PARA O SENADO”.

Afinal, o que é o senado da República?

A chamada Câmara Alta, integrada por 81 “representantes” dos estados da federação, com um orçamento bilionário, com várias centenas de funcionários e assessores, é na verdade, um amortecedor da luta de classes. Como câmara revisora, tem a função de não deixar passar nada que vá contra o statu quo, é a trincheira por excelência da defesa dos interesses das classes dominantes e de suas prerrogativas, é a barreira de contenção de qualquer iniciativa de defesa institucional das conquistas populares. Além disso, é uma caixa preta jamais aberta. Nem quando estourou o escândalo dos atos secretos da mesa diretora – decisões não publicadas no diário oficial – conseguiu-se alguma mudança. A mídia da liberdade de expressão, dominada por seis famílias, denunciou porque não tinha outro jeito, mas depois esqueceu e tudo ficou por isso mesmo. Naquela época foi contratada a Fundação Getúlio Vargas, por meio milhão de reais, para produzir um estudo sobre as necessárias mudanças; o relatório está engavetado, nada mudou.


Acho que não é necessário perder tempo detalhando mais o que é o senado...

Diz um ditado popular que há sempre um chinelo velho para um pé cansado... Que sempre combinam o pé e o sapato. Pois é, para presidir esta casa de tolerância, que tolera qualquer coisa, o melhor quadro é o autor da frase: “...a ética não é um fim, é um meio, o fim é o bem do Brasil...” Para que o senado continue sendo o que é, podemos bradar “Senado, urgente, Renan presidente”.


E-Mail recebido dia 06 de Feverreiro de 2013

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Livro de Fernando Morais sobre antiterroristas cubanos é lançado em Havana

O presidente do Parlamento de Cuba, Ricardo Alarcón, qualificou nesta terça-feira (29/01) como “elogiável” a investigação do jornalista e escritor brasileiro Fernando Morais para o livro escrito sobre os cinco antiterroristas da ilha caribenha, intitulado Os Últimos Soldados da Guerra Fria.

Wikicommons
Gerardo Hernández, Antonio Guerrero, Fernando González, Ramón Labañino e René González foram condenados a severas penas por informar sobre planos de ações violentas contra Cuba, arquitetados por grupos terroristas baseados em território norte-americano.

[O escritor brasileiro Fernando Morais]

Ao apresentar a primeira edição da obra em castelhano na III Conferência Internacional Pelo Equilíbrio do Mundo, Alarcón ressaltou que faltava uma voz capaz de chegar ao coração das pessoas sem retórica vazia, com a força de um escritor sem segredos de linguagem e com um grande afã de investigador.

Morais, segundo Alarcón, é um dos escritores mais importantes de nossos tempos, quem não renuncia à lucidez nem à integridade. Para escrever o livro, o autor se baseou em testemunhos de terceiros e em fontes documentais dos Estados Unidos.

“Quem ler os documentos relacionados com o processo dos Cinco [como são conhecidos internacionalmente] comprovará que foram presos devido à luta que travavam, sem armas e sem violência, contra os grupos terroristas”, expressou o presidente do Parlamento.

Alarcón recordou que os meios de imprensa de Miami atuaram mais como órgãos promotores e acusadores do que como meios de informação no caso dos Cinco, aos quais se lhes reconheceu que não tinham nada que com as acusações de espionagem e de atentar contra a segurança nacional dos Estados Unidos.




Obra foi elogiada pelo presidente do Parlamento de Cuba, Ricardo Alarcón

FONTE: OperaMundi

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A FARSA VEIO À LUZ DO SOL. APS REPUDIA ALIANÇA DE RANDOLFE COM A DIREITA

Randolfe retira candidatura e apoia Pedro Taques, em aliança com o PSDB e o DEM, à presidência do Senado. A APS REPUDIA MAIS ESTA ALIANÇA DE RANDOLFE COM A DIREITA.

Enfim, a farsa veio à luz do sol. Mas não foi verdadeiramente uma surpresa. Desde o começo do lançamento da "anti-candidatura" de Randolfe, este apoio a Taques estava no ar. E veio junto com o PSDB (através dos senadores Álvaro Dias e Aécio Neves) e o DEM (através de seu presidente, senador Agripino Maia), de novo! Além disso, Taques é aliado de Randolfe em projetos a serviço do agronegócio. 
Com isto, Randolfe Rodrigues repete seu gosto por alianças com o DEM e o PSDB, conforme vimos nas eleições de Macapá (para a eleição de Clécio a prefeito) e outros municípios do estado do Amapá. Desgastando o partido diante dos setores de esquerda, especialmente os ativistas dos movimentos sociais. E fazendo o jogo do governismo, que se aproveita para apontar as contradições do partido. Com isto, o governismo sai duplamente vencedor: elege o corrupto Renan Calheiros para a presidência do senado e desgasta o PSOL por mais este envolvimento de Randolfe com a corrupção do DEM e PSDB.

RANDOLFE E TAQUES SÃO ALIADOS EM PROJETO A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO!
Com um detalhe muito importante, para quem não se lembra: o senador Taques (PDT-MT) é o principal "sócio" político de Randolfe e Clécio naquele projeto de transformar o Amapá em plataforma de exportação do agronegócio do Mato Grosso. Projeto desenvolvido por ambos, junto com as federações empresariais de Mato Grosso e Amapá, para atender os interesses do agronegócio. O projeto (tipo neodesenvolvimentismo burguês dependente) visa facilitar o escoamento da produção de agronegócio do Mato Grosso para exportação via porto no Amapá. Típico dos projetos que destroem o meio ambiente, ele prevê investimentos na estrada rodoviária que vai de Cuiabá (MT) a Santarém (Pará) e, de lá, através de uma sistema de grandes balsas pelo Rio Amazonas, até o Amapá. Neste estado, seria construído um porto de grande calado em Santana (cidade vizinha de Macapá). O argumento é que seria mais vantajoso para a produção dos latifundiários do Mato Grosso e região, a exportação via Amapá, pois está mais perto dos EUA, da Europa e da Ásia (através do Canal do Panamá). Por mais uma coincidência, a cidade de Santana é governada por um prefeito do PTB, que também foi apoiado diretamente por Randolfe e Clécio nas eleições de outubro passado. O PDT de Pedro Taques também participou desta aliança em Santana.

Não por acaso, todo o discurso da "anti-candidatura" de Randolfe não passou de um conteúdo liberal-democrático, com boa retórica. E Pedro Taques fez questão de dizer publicamente que sua candidatura não é de oposição.
Além disso, isto se faz sem nenhuma discussão nos órgãos de direção do partido (nem mesmo a ENPSOL), que são informados a posteriori. Como nas alianças com a direita amapaense, tudo resolvido pelo seu grupo-corrente e imposto à militância partidária.
O PSOL não pode continuar ao lado de partidos e grupos políticos retrógrados, tão ao gosto do senador Randolfe Rodrigues: os mesmos partidos com quem se aliou para disputar as eleições em Macapá e outras cidades do Amapá.

APS – AÇÃO POPULAR SOCIALISTA!
Em Defesa do PSOL!
NÃO ÀS ALIANÇAS COM A DIREITA E O AGRONEGÓCIO!
Na Luta pelo Socialismo, Construir a Resistência Indígena, Negra, Feminista, Ecossocialista, Popular e Contra Todas as Opressões!
(na foto, Randolfe Rodrigues, Álvaro Dias e Agripino Maia)