sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Para o Exército, PT seria incubadora de terroristas

Essa e outras revelações são feitas no livro Olho por olho: os livros secretos da ditadura de Lucas Figueiredo, mesmo autor de Ministério do Silêncio: A história do Serviço Secreto brasileiro de Washington Luis a Lula. O título diz “os livros secretos” no plural, porque relata a história de dois livros antagônicos que foram, cada um em seu tempo, produzidos sob total sigilo: BRASIL: NUNCA MAIS feito ainda durante a ditadura militar com arquivos roubados do Superior Tribunal Militar que compila uma série de violações aos direitos humanos feitas pelos agentes da repressão militar e ORVIL a resposta do Exército que serviria para contrapor às denuncias feitas pelo primeiro livro.
Acima os livros Brasil: Nunca Mais e Orvil também chamado de As tentativas de tomada do poderLivro BrancoTerrorismo: Nunca Mais

BRASIL: NUNCA MAIS
A história deste livro é tão impressionante que parece coisa de cinema. Um grupo de advogados e religiosos conseguiu o que parecia impossível: Entrar no prédio do Superior Tribunal Militar (um prédio cercado de seguranças); roubar toneladas (literalmente) de provas das atrocidades cometidas nos porões da ditadura e reuni-las num livro-denúncia.
Em março de 1979, no governo do general Figueiredo, os advogados passaram a ter mais facilidade para consultar processos de presos políticos no Superior Tribunal Militar. O STM reunia todos os processos contra presos políticos julgados em segunda instância e era lá que quase todos esses processos eram arquivados. A movimentação de advogados aumentou quando foi promulgada a lei de Anistia. Os advogados ficaram com medo que aqueles documentos fossem destruídos, pois a História mostra que ditaduras em processo de decomposição tendem a destruir as provas de seus crimes. Era preciso guardá-lo em local seguro.
Os processos eram públicos mas para um advogado consegui-los havia certa burocracia: era preciso entrar no prédio; se identificar na portaria; preencher um formulário; apresentar carteira da OAB; assinar um termo de compromisso; e só poderiam levar um processo por vez e devolvê-lo em 24 horas.O plano de pegar os documentos e xerocá-los foi discutido por um pequeno grupo de advogado e chegou ao ouvido de um religioso de firme atuação em direitos humanos: o pastor presbiteriano Jaime Wright cujo irmão havia desaparecido na repressão. O reverendo sabia que o “assalto branco” aos arquivos do STM poderia revelar o paradeiro de diversos presos políticos desaparecidos, inclusive o de seu irmão.
Foi durante uma viajem para recepcionar o educador Paulo Freire, que voltara do exílio, no aeroporto de Viracopos que Whight teve a idéia de chamar dois padrinhos poderosos para tocar o tão gigantesco projeto que, até então, tinha estrutura zero. Um forneceria sustentação política e o outro, ajuda financeira. Ele conseguiu o apoio do cardeal-arcebispo de São Paulo Dom Paulo Evaristo Arns e a ajuda financeira viria do secretário do CMI Conselho Mundial de Igrejas que congregava diversas igrejas pentecostais, ortodoxas e protestantes: Philip Potter.
Assim que chegou a ajuda financeira a primeira atitude foi alugar uma sala comercial em Brasília, bem perto do STM. Isso diminuiria o trabalho braçal dos advogados. Foram alugadas três maquinas de Xerox e foram contratados seis funcionários que se revezavam em dois turnos de trabalho. Os advogados Raimundo Moreira e Luiz Eduardo Grenhalgh passaram a visitar o STM todos os dias úteis da semana e levar, cada um, um processo debaixo do braço até a turma da clonagem, que nunca conseguiu entender porque os advogados precisavam copiar tantos documentos. Mais tarde outros advogados foram chamados e se juntaram a equipe formando um grupo de doze. Com o tempo foi necessário também abrir mais um turno de trabalho e as máquina de Xerox passaram a trabalhar 24 horas por dia e 7 dia por semana. Por segurança as cópias praticamente nem esfriavam e já eram levadas para São Paulo. Em São Paulo o trabalho era mais diversificado: funcionários e colaboradores com qualificações variadas atuavam em várias frentes: microfilmagem, pesquisa, computação e análise de dados. Todas as fases eram coordenadas pelo jornalistaPaulo de Tarso Vannuchi que se juntara ao grupo por lealdade ao cardeal Arns e por ter perdido o primoAlexandre Vannuchi nos porões da repressão. Os idealizadores do Brasil: Nunca Mais tinha um plano B. Caso a sala de Brasília ou o galpão de São Paulo fossem "estourados" pela repressão: uma cópia do projeto estaria a salvo fora do país.
A tarefa parecia infinita mas não era, em 1982 chegou ao fim. A equipe conseguiu o que parecia irrealizável: obter praticamente toda a coleção dos processos políticos que tramitavam no STM entre 1964 e 1979. A memória oficial da repressão já não pertencia apenas aos militares. O documento-mãe produzido pelos pesquisadores do Brasil: Nunca Mais, chamados por eles candidamente de Projeto A, tinha 6.891 páginas divididas em 12 volumes. Ali estava a contabilidade do inferno:
  • Entre 1964 e 1979, mais de 17 mil pessoas passaram pelo banco da Justiça Militar;
  • 7.367 foram formalmente acusadas;
  • 38,9% dos réus tinham no máximo 25 anos. Destes, 3% não tinha sequer 18 anos quando foram processados;
  • 3.613 pessoas foram presas;
  • 84% das prisões não haviam sido comunicadas à Justiça;
  • 1.843 pessoas declararam em juízo terem sido torturadas na prisão; Das cerca de 400 mortes produzidas pela repressão, praticamente um terço incluiu o desaparecimento do corpo da vítima.
O projeto A era sem dúvida uma riqueza extraordinária, porém, suas 6.891 páginas o tornavam, praticamente inacessível para qualquer mortal. Para resolver a questão d. Evaristo Arns chamou o jornalista Ricardo Kotscho, que tinha o cardeal como uma de suas melhores fontes. O cardeal disse que Kotscho deveria trabalhar em dois turnos, pois não poderia deixar seu cargo na Folha de São Paulo a fim de não levantar suspeitas. O jornalista tremeu de medo, mas aceitou. Para fazer dupla com Kotscho o cardeal chamou o frade dominicano e ex-preso político Frei Betto. Depois de pronto era preciso uma editora para publicar o livro. Após receber várias respostas negativas de editoras laicas que estavam com medo de sofrerem alguma represália dos militares. O livro foi publicado pela editora dos franciscanos, a Vozes. O parecer da obra foi dado pelo frei Leonardo Boff, já naquela época uma das principais referências na Teologia da Libertação. O nome foi inspirado no livro Nunca Más, recentemente lançado na Argentina, que denunciava nomes e métodos da repressão que matara 30 mil pessoas naquele país entre 1976 e 1983. Depois de esperar para ver como se daria a delicada secessão presidencial onde seria empossado um presidente civil: José Sarney, que assumiu o cargo após a morte do presidente eleito Tancredo Neves, o livro foi finalmente publicado.
Quatro meses depois do lançamento do Brasil: Nunca Mais, d. Paulo finalmente liberou para a imprensa a lista com os nomes dos 444 agentes da repressão denunciados como torturadores. Foi outra bomba: em todo o país, torturadores passaram a ser apontados nas ruas, alguns chegaram a perder seus empregos. Um dos principais acusados, com 22 denúncias de tortura, o ex-tenente Marcelo Paixão, chamou num canto suas duas filhas, na época com 13 e 14 anos, e contou-lhes sobre seu passado, como relataria à revista Veja:
- Nunca disse a elas que fui um santinho. Disse a elas que não pensassem que eu não bati em alguém. Bati sim. Elas ficaram um pouco chocadas e disseram: “Pai, já sabemos, mas agora para”. Não queriam detalhes. Eu segui a minha vida. Não adianta esconder esse tipo de coisa. A verdade uma hora vem à tona.
A maioria dos acusados como o general Octavio Medeiros, preferiu calar-se. Médicos que tinham auxiliado torturadores nos porões da ditadura foram boicotados em hospitais, e em Minas e São Paulo tiveram seus registros cassados. Apesar de denuncias contundentes o número de punições foi pequeno. Na maior parte dos casos os criminosos pagaram apenas com a exposição pública de seus crimes. Passada a avalanche, d. Paulo ofereceu o acervo com mais de 1 milhão de páginas à PUC de São Paulo e a USP mas ambas, com medo de represálias, não aceitaram. A Unicamp de Campinas corajosamente, recebeu o material e ainda o disponibilizou para pesquisa. O livro feriu as Forças Armadas. Além de atingir o 444 militares torturadores listados, Brasil: Nunca Mais feriu as instituições a que eles pertenciam. Haveria troco, mas na mesma moeda: em forma de livro.

ORVIL
A caserna se enfureceu com a revelação de seus pecados. Um em especial sentiu a pancada: o Ministro do Exército, Leônidas Pires Gonçalves. Foi ele que decidiu que o vice-presidente José Sarney deveria assumir o cargo após a morte de Tancredo Neves. Além de servir de escudo para o cambaleante governo Sarney, Leônidas também servia de escudo para os militares torturadores. Os militares toparam devolver o poder aos civis desde que não o aborrecessem com cobranças sobre o que havia acontecido nos porões da ditadura.
Ainda tentando conter a crise que desabou sobre as Forças Armadas, Leônidas teve a idéia de fazer um livro para contrapor a o livro feito pela Arquidiocese de São Paulo e mostrar o lado dos militares nesta história. Para Leônidas, o livro Brasil: Nunca Mais era parcial pois pintava os opositores do regime indiscriminadamente como heróis da democracia. Leônidas acreditava que em 1964 a sociedade havia chamado os militares para conter a bagunça sindical de João Goulart. Segundo o general, quem começou a violência foi a Esquerda com o atentado feito por militantes da Ação Popular (AP) no aeroporto dos Guararapes, no Recife, para matar o presidente militar Costa e Silva. Leônidas questionava porque d. Paulo retirou dos arquivos apenas o que interessava aos opositores do regime. E o lado feio, mau, e desajustado da Esquerda? Perguntava ele. Era verdade que os militares haviam matado cerca de 400 pessoas pela repressão, mas o Exército também tinha a sua lista: os arquivos do CIE – Centro de Informações do Exército estavam abarrotados de registros detalhados de ações violentas da Esquerda que resultaram na morte de aproximadamente cem pessoas, entre militares policiais, guardas de banco, empresários ligado à repressão e até companheiro de armas, justiçados em nome da revolução socialista.
Os militares então a pedido de Leônidas fizeram um livro retratando a versão das Forças Armadas sobre os fatos, a projeto do livro foi feito em total sigilo e foi denominado Projeto ORVIL que quer dizer livro ao contrário. A cargo do projeto ficou o coronel Agnaldo Del Nero: foi confiada a ele a missão de desconstruir o Brasil: Nunca Mais. Ele era um grande estudioso do anticomunismo, uma obra que ele amava era o livro Arquipélago Gulag do dissidente político soviético Soljenítsin que havia sido preso sobre ordem do comandante Joseph Stalin. Material para isso era o que não faltava, o coronel e sua equipe tinham a disposição milhares de toneladas de documentos produzidos pelos Serviços Secretos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Além disso, os militares estudaram depoimentos dos presos políticos e até livros escritos por ex-exilados como Fernando GabeiraAlfredo Sirkis e Daniel Aarão Reis Filho. Depois de pronto, o resultado foi um livro dividido em dois tomos com 919 páginas. O coronel Del Nero o batizou deAs tentativas de tomada do poder.
Terminado o livro bastava apenas a permissão do presidente da República para publicá-lo, Leônidas acreditava que aquele era o momento perfeito, pois sociedade ainda estava agitada com as repercussões do livro Brasil: Nunca Mais. Foi então que o general foi até o gabinete do presidente Sarney e lhe contou sobre o livro e sobre a intenção de publicá-lo. Sarney olhou silenciosamente o livro, tendo idéia da bomba que estava em suas mãos, olhou fixamente para Leônidas e disse:- O processo de Abertura está sendo um sucesso, não vale a pena reabrir feridas do passado que já estão cicatrizando. Leônidas ficou muito aborrecido, mas como um obediente soldado acatou a decisão. A missão de Leônidas a partir dali era a de esconder o livro, o momento certo para ele ser lançado já havia passado.
A missão de esconder o livro foi bem conduzida durante 28 anos. As únicas 15 cópias do livro circularam entre um seleto grupo de militares e homens da extrema-direita. Até que, em 2007, por sorte ou por destino Lucas Figueiredo teve acesso ao livro. Ao pesquisar material para o livro Ministério do Silêncio foi até a casa de um militar que lhe mostrou o livro. Lucas Figueiredo já tinha ouvido falar da possível existência do livro ao entrevistar um ex-agente do SNI que lhe contou que o livro existia, mas ele mesmo nunca havia visto. Figueiredo pediu emprestado o livro, mas o militar disse que este livro, especificamente, ele não poderia emprestar. Depois de vários dias pensando em como ter o livro ele resolveu ligar para o militar novamente. Ao telefone desconversou, falando sobre todos os outros livros que o militar tinha lhe emprestado, até dizer que queira dar mais uma olhada em ORVIL. O militar lhe disse: - Estou de saída, vou ficar fora de casa a tarde inteira, faz o seguinte, pega o livro aqui em casa e depois você me devolve. Foi assim que depois de 28 anos foi conseguido furar o cerco ao livro secreto dos militares.
Depois de pegar o livro Lucas Figueiredo precisava atestar sua autenticidade. Para isso ligou para alguns ex-guerrilheiros citados no livro: Um deles disse que, apesar de alguns erros, manipulações e mentiras os fatos correspondiam à realidade. Outro se surpreendeu: - Eles descreveram até a cor de nossos carros usados no sequestro do embaixador americano. Só faltou dizer a cor de nossas camisas! Figueiredo também comparou com alguns documentos públicos do Exército e viu que, embora não constasse fonte, os textos eram quase idênticos. As revelações mais interessantes contidas em ORVIL são as de ações de guerrilheiros opositores do regime que mais tarde ocupariam altos cargos da República:

Oscar (VPR) – Depois de assaltar um carro-forte, ele participou da tentativa de sequestro do cônsul dos Estados Unidos em Porto Alegre, em 1971, quando tinha 19 anos de idade. Três décadas depois, o guerrilheiro juvenil se tornou prefeito de Belo Horizonte. Seu nome é Fernando Pimentel [atual ministro do governo Dilma];



Honório e Valdir (DI/GB) – fizeram parte do grupo de seqüestradores do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick, em 1969. Valdir é o jornalista Franklin Martins, nomeado, quatro décadas depois do sequestro, ministro da Comunicação Social do governo Luis Inácio Lula da Silva. Honório é Fernando Gabeira, também jornalista, deputado federal desde 1995;

Daniel (Molipo) – Foi um dos 15 presos políticos trocados pelo embaixador Charles Elbrick. Como nunca chegou a pegar em armas, mesmo tendo sido treinado em Cuba, o livro secreto não lhe deu muita importância. Seu nome verdadeiro: José Dirceu, deputado federal por dois mandatos e ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula;







Mateus (ALN) – Junto com outros guerrilheiros, assaltou o trem pagador Santos-Jundiaí e o carro pagador da Massey Ferguson, em 1968. Trata-se de Aluisio Nunes Ferreira, que três décadas depois, no governo Fernando Henrique Cardoso, ocuparia o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República e posteriormente ministro da Justiça; [atualmente é senador]







Estela (Polop, Colina e VAR-Palmares) – “Papisa da subversão”, como era chamada nos processos da Justiça Militar, ela planejou e coordenou o roubo do cofre de Adhemar de Barros, ex-governador de São Paulo [Veja detalhes na página GUERRILHA]. A ação rendeu à VAR-Palmares 2.800.064 dólares (17 milhões de dólares em valores de 2009), até então a “expropriação” mais rentosa da história da esquerda em todo o mundo. Ela é Dilma Rousseff ministra-chefe da Casa Civil do governo Lula. [atual presidenta da República];



Ficha da Dilma no DOPS: A verdadeira.

Jair (VAR-Palmares) – Outro dos assaltantes do cofre do Adhemar, ele é Carlos Minc, [foi] Ministro do Meio-ambiente do governo Lula.
(grifo meu) pp. 94-95




Fernando Henrique Cardoso – [...] um agitador que usava a fachada do prestigiado Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) para se reunir com “subversivos” que buscavam nele uma “inspiração”.




José Serra aparecia como “ativo pombo correio” de uma frente criada no exterior para supostamente denegrir a imagem do Brasil com “notícias deturpadas” e “falsas denúncias” de assassinato e tortura de presos políticos.
pp. 97-98







RESGATANDO A HONRA DE JOSÉ GENUÍNO
Em ORVIL, ao contar a história do guerrilheiro Geraldo codinome de Genuíno (um do poucos sobreviventes daGuerrilha do Araguaia) o Exército acaba fazendo uma das revelações mais inesperadas do livro. Durante a redemocratização o Exército espalhou a lenda de que José Genuíno havia entregado os companheiros facilmente, sem ter sido torturado, apenas por medo: “- Entregou os companheiros sem levar uma tapa se quer” como vive tagarelando o deputado Jair Bolsonaro, principal disseminador de mentiras da extrema-direita. José Genuíno nunca teve problemas para se tornar uma importante figura política do PT e da Esquerda, mas a lenda de traidor o perseguia. Foi então que, ao analisar o livro ORVIL, Lucas Figueiredo pôs fim à mentira. O livro dizia que Genuíno havia mesmo entregado os destacamentos de guerrilheiros do PCdoB. Mas logo depois se contradizia: relatando que Genuíno forneceu informações de áreas que haviam sido destruídas nos primeiros dez dias de atuação das Força Armadas. Ou seja, o ORVIL confirmou o que Genuíno sempre dissera: havia dado informações verídicas aos seus interrogadores, mas essas informações eram calculadamente ultrapassadas.


FATOS OCORRIDOS NA DITADURA COM A INTERPRETAÇÃO DOS MILITARES

GOLPE MILITAR 
“revolução democrática”


TORTURA
“farsa plantada pela esquerda”


DESAPARECIDOS POLÍTICOS
“todos os subversivos presos permanecem vivos e foram postos em liberdade”


CORTEJO AO CORPO DO ESTUDANTE EDSON LUIS
“baderna”


PRISÃO DE ESTUDANTES NO CONGRESSO SECRETO DA UNE EM 1968
“drogas, bebidas alcoólicas e grande quantidade de preservativos já utilizados”


MOVIMENTO ESTUDANTIL MINEIRO 
"motor da guerra revolucionária”


SEQUESTRO DE DIPLOMATAS
“terceira tentativa de tomada do poder”


ASSASSINATO DE VLADIMIR HERZOG
“suicídio lamentável”


DIRETAS JÁ E CRIAÇÃO DO PT
“Quarta tentativa de tomada do poder pelos comunistas”


AS VÍTIMAS DA ESQUERDA
Assim como o livro BRASIL: NUNCA MAIS denunciava os crimes dos militares o livro ORVIL denunciava os crimes da Esquerda que com o passar dos anos escondeu suas ações autoritárias e violentas, preferindo criar o mito de que o único objetivo da luta armada era a democracia. O livro secreto demonstra que o restabelecimento da democracia nunca esteve nos planos da Esquerda armada que queria outra ditadura: a ditadura do proletariado. A Esquerda cometeu ao todo menos de 100 crimes, dentre eles:
O assassinato do capitão dos Estados Unidos Charles Chandler, em 1968, sob a acusação (nunca comprovada) de que era agente da CIA.

E o de Henning Boilesen, assassinado pela guerrilha em 1971: a Esquerda dizia que ele patrocinava a Oban (verdade) e que era espião da CIA (mentira) [Veja o documentário Cidadão Boilesen]
Dentre os crimes da Esquerda Armada o mais vergonhoso talvez seja os “justiçamentos”: que é quando os militantes se tornam, ao mesmo tempo, tribunal e carrascos: julgam e depois executam companheiros suspeitos de traição. [Saiba mais sobre isso na entrevista com o ex-guerrilheiro Jacob Gorender]

O PRÓPRIO EXÉRCITO ENTREGOU SEUS CRIMES
ORVIL foi criado pelo Exército com o objetivo se defender e justificar seus atos. Mas Lucas Figueiredo, ao analisar o livro, descobriu que o Exército acabou, sem querer, assumindo 22 crimes que ele sempre negara.
Abaixo a lista de mortos que o Exército acabou assumindo no livro:
  • Alcery Gomes da Silva
  • André Grabois
  • Antônio Carlos Monteiro Teixeira
  • Antônio dos Três Reis Oliveira
  • Bergson Gurjão Farias
  • Ciro Flávio Salazar de Oliveira
  • Francisco José de Oliveira
  • João Guarlberto Calatrone
  • Divino Ferreira de Souza
  • Boanerges de Souza Massa
  • Helenira Resende de Souza Nazareth
  • Idalísio Soares Aranha Filho
  • Jeová Assis Gomes
  • João Carlos Haas Sobrinho
  • Joelson Crispim
  • José Toledo de Oliveira
  • Kleber Lemos da Silva
  • Maria Lucia Petit da Silva
  • Miguel Pereira do Santos
  • Manoel José Nurchis
  • Ruy Carlos Vieira Berbert
  • Wânio José de Mattos
[...] o Orvil era a prova de que o Exército não só sabia que aqueles guerrilheiros estavam mortos como conhecia o destino dado aos corpos. O livro secreto era a evidência material de que a força terrestre ocultava, além de ossos, uma parte da história do Brasil. P. 146

SOBRE O PARTIDO DOS TRABALHADORES
Segundo o livro ORVIL a organização mais temida pelo militares não era nenhuma que havia participado da luta armada. Era o Partido dos Trabalhadores - PT, fundado em 1980, o partido seria uma incubadora de terroristas. O livro afirmava que o partido de Lula não poderia ser considerado revolucionário ainda, mas para isso acontecer bastava que uma organização marxista e revolucionária chegasse à direção do partido. Segundo Daniel Aarão Rei Filho, ex-guerrilheiro do MR-8 e hoje um dos mais respeitados historiadores do país, essa tese é furada. A Esquerda passou por um processo de metamorfose: os guerrilheiros abandonaram as armas e aceitaram jogar o jogo da democracia. Coisa que os analistas de Direita têm dificuldade de perceber ou admitir.

Figueiredo, Lucas, 1968
   Olho por olho: os livros secretos da ditadura / Lucas Figueiredo. - Rio de Janeiro: Record, 2009.

Veja a entrevista de Lucas Figueiredo
Veja a entrevista de dom Paulo Evaristo Arns   
Veja a entrevista do general Leônidas Pires Gonçalves
Baixe o livro Brasil: Nunca Mais

RETIRADO DO BLOG: http://www.comunistas.spruz.com/


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Governo anuncia ampliação de beneficiários do programa "Brasil Carinhoso"


Brasília, 29 nov (EFE).- A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira uma ampliação dos programas sociais dirigidos aos mais pobres, com novos benefícios para famílias de baixa renda que tenham pelo menos um jovem de até 15 anos de idade.
"O objetivo final é construir um país de classe média", declarou a presidente sobre a expansão dos planos sociais, que qualificou como "uma forte iniciativa para acabar com a pobreza" no Brasil.
Segundo Dilma, "o caminho rumo à sociedade de classe média" passa pelo crescimento econômico, a criação de empregos, a educação de qualidade, a modernização tecnológica, uma indústria forte e uma agricultura cada vez mais produtiva, mas também pela "retirada mais rápida possível das famílias que estão na miséria"
Com o anúncio feito hoje, o governo amplia o horizonte do programa conhecido como "Brasil Carinhoso", que desde maio apoia famílias de baixos recursos e com crianças de menos de seis anos de idade, que recebem um auxílio de R$ 70 por mês.
Segundo os cálculos do governo, os beneficiados por este plano eram até agora cerca de 18 milhões de pessoas, que passarão a ser cerca de 25 milhões com a ampliação anunciada nesta quinta.
Dados oficiais indicam que a expansão do "Brasil Carinhoso" aumentará R$ 1,74 bilhão os orçamentos para programas sociais de 2013, que até agora eram de US$ 23 bilhões. 
Conheça mais sobre o Brasil Carinhoso
http://www.mds.gov.br/falemds/perguntas-frequentes/superacao-da-extrema-pobreza%20/plano-brasil-sem-miseria-1/brasil-carinhoso-2013-primeira-infancia
FONTE: YahooNoticia

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Ato e debate em defesa do PT e dos direitos democráticos


“Neste momento, nós respondemos ao chamado da Executiva do PT a defender o partido. E nos comprometemos com a mais ampla unidade com todos os setores dispostos a defendê-lo em Debates e Atos Públicos!”.

Esta foi a principal decisão do ato público “em defesa do PT” realizado no último 24, no sindicato dos engenheiros, em São Paulo, que repudiou o julgamento político no STF (íntegra em anexo), e reafirmou “Mais do que nunca, nós defendemos o PT que ‘nasce da vontade de independência política dos trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para partidos e políticos comprometidos com a atual ordem econômica’ (Manifesto de Fundação)”.

A proposta foi apresentada pela mesa do ato - Jacy Afonso e Julio Turra, Executiva da CUT; Gegê, Central de Movimentos Populares; Aton Fon, Consulta Popular; Adriano Diogo, deputado PT-SP; Juliana Cardoso, vereadora PT-SP; e Markus Sokol, membro do DN-PT – e aprovada pelos 500 (450 assinaram a lista) presentes ao evento, que foi ainda acompanhado por milhares de pessoas na noite do último sábado, em transmissão online pela TVLD do Diretório Regional do PT-SP.

Tomaram a palavra na tribuna, os ex-presidentes do PT José Genoino e José Dirceu, acusados na Ação Penal 470 no STF, e o senador Eduardo Suplicy. 

No plenário, presentes dirigentes sindicais e intelectuais, além de vários parlamentares - deputados José Zico Prado e Telma de Souza, vereadores da capital e do interior paulista, inclusive de outros Estados.

A atividade marcou a abertura do 5º Encontro Nacional do Diálogo Petista com delegações de 14 estados.

O ato foi encerrado com o grito “PT na rua, a luta continua!”.

(Markus Sokol, membro do Diretório Nacional do PT) 

Convocatória
ATOS EM DEFESA DO PT 
E DOS DIREITOS DEMOCRÁTICOS

Numa situação em que as organizações sindicais e populares, como a CUT, MST e outras, estão ameaçadas por uma escalada reacionária, através da criminalização dos movimentos sociais; 

Numa situação onde se tenta “judicializar” a política em favor de forças reacionárias, derrotadas nas urnas pelo povo que aspira à soberania nacional e à justiça social; No momento em que o Supremo Tribunal Federal conclui a Ação Penal 470, como um julgamento político que pretende atingir o PT, numa evidente operação eleitoral e midiática, e que continua em novos processos;

No momento em que os direitos democráticos, duramente arrancados, são agredidos do decisão pelo STF num “julgamento de exceção”, o mesmo STF que utilizou a Lei da Anistia para proteger os crimes da ditadura militar;

Neste momento, repudiamos o “julgamento de exceção” que pretende preservar a regra, isto é, o sistema político-eleitoral marcado pela corrupção, pelo caixa dois e o tráfico de influencia. Mais do que nunca, nós defendemos o PT que “nasce da vontade de independência política dos trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para partidos e políticos comprometidos com a atual ordem econômica” (Manifesto de Fundação); 

Neste momento, nós respondemos ao chamado da Executiva do PT a defender o partido. E nos comprometemos com a mais ampla unidade com todos os setores dispostos a defendê-lo em Debates e Atos Públicos!

Neste momento, erguemo-nos em defesa das lutas, dos movimentos e militantes sociais agredidos pela judicialização da política e a politização do Judiciário.

Jacy Afonso e Julio Turra, Executiva da CUT; Gegê, Central de Movimentos Populares; Aton Fon, Consulta Popular; Adriano Diogo, deputado PT-SP; Juliana Cardoso, vereadora PT- SP, Markus Sokol, DN-PT (O Trabalho).

Adotado por aclamação no Ato Em Defesa do PT, convocado pelo Diálogo Petista, sábado, 24.11.12, no Sindicato dos Engenheiros, SP

E-Mail recebido no dia 27 de novembro 2012
FONTE: RedePT13

DS ananindeua, lamenta sua ausência na plenária estadual

NOTA,
  
A tendência interna do PT - DEMOCRACIA SOCIALISTA seção ANANINDEUA, lamenta sua ausência na Plenária Estadual da DS; Embora, a falta de compromisso para com o encontro, seus militantes e simpatizantes comungam com a coragem e o enfrentamentos a frente do capital. 

De toda forma compreendemos nosso dever de dirigir e organizar os instrumentos que lutam por uma sociedade igualitária, fraterna e libertária, que nos levem ao firmamentos da construção de nossas ideologias, assim, reforçando a tese da sociedade ideal e socialista.
Ousar lutar, ousar vencer... 

"Uma ideia torna-se uma força material quando ganha as massas organizadas." Karl Marx
"O proletariado tem como única arma, na sua luta pelo poder, a organização." V. I. Lênin

Saudações petistas e socialistas.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Prêmio Nobel da Paz diz que Paraguai vive golpe encoberto

Enviado por luisnassif, ter, 27/11/2012 - 12:25
Por Marco Antonio L.Do Sul 21

“Paraguai vive golpe de estado encoberto”afirma Prêmio Nobel da Paz
Da Redação
Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1980, emitiu um comunicado aos membros do Serviço de Paz e Justiça do Paraguai, nesta quinta-feira (22), sobre a situação política do país e dos camponeses presos pelo massacre em Curuguaty.
“O Paraguai vive um golpe de Estado encoberto com um certo verniz de institucionalidade”, afirmou o militante de direitos humanos argentino, referindo-se à situação estabelecida no país desde 22 de junho, com o golpe parlamentar que depôs o governo de Fernando Lugo.
Pérez Esquivel falou do caso dos 12 camponeses presos pelas mortes ocorridas em 15 de junho, quando mais de 400 policiais invadira as terras de Marina kue para desalojar os camponeses que haviam as ocupado.
Esquivel afirmou que “nenhum dos camponeses quer fazer uma greve de fome, eles são motivados pelas injustiças e pelas contínuas violações dos direitos do povo paraguaio”, referindo-se especificamente aos quatro camponeses que faziam, até sexta-feira (24) passada, uma greve de fome por sua liberdade. Nesse sentido, o Nobel recordou que é responsabilidade do Estado garantir a vida de cada cidadão e respeitar seus direitos.
Os quatro camponeses processados pelo massacre de Curaguaty encerraram a greve na sexta-feira (24), após dois meses, quando lhes foi concedida a prisão domiciliar.
Com informações do E’a – Periódico de Interpretación y Análisis
FONTE: Luis Naffir OnLine
http://www.sul21.com.br/jornal/2012/11/paraguai-vive-golpe-de-estado-encoberto-afirma-premio-nobel-da-paz/

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

EXPURGO AOS TRAIDORES

Juventude do PT/Anani protocola  o pedido de expulsão por conduta inadequada.

Com os discursos políticos inflamados em defesa do governo federal e  o bom relacionamento em forma de parceria que este vinha realizando com a prefeitura municipal, muito dos candidatos a vereadores atiraram em várias direções com o objetivo de atingir o eleitorado; umas das estratégia era a comparação com os governos Lula e Dilma, com o crescimento econômico e a saída de milhares da renda demiséria. O diretório  municipal do PT não fugiu das táticas nacional, esteve fiel a cartilha; várias vezes desacordando com os passos a ser seguido no sentido das alianças, mas manteve-se leal a hierarquia maior: As assembleias; onde, os companheiros decidem os rumos que o partido deve tomar. Por ventura alguns filiados, candidatos e forças ocultas não se deram por convencidos e na calada da noite tramavam a derrocada da democracia petista. 

Recentemente a Juventude do PT Ananindeua pediu a expulsão do COMETA HARLEY, sindicalista e candidato a vereador - 2012 pelo partido dos Trabalhadores. Segundo o ofício protocolado: Ele teria incompatibilidade ideológica, praticas de dupla militância e falta de ética partidária que o teria desviado das virtudes e dos princípios socialistas. 

Este várias vezes foi acusado de ter feito campanha para  o candidato a prefeito do PSDB, Pioneiro; infringindo a resolução partidária, que aprovou o nome de Luís Freitas para prefeito. O processo agora vai para comissão de Ética que irá examinar as provas e os argumentos.

A juventude enfrentará uma grande batalha pela frente, embora sua armas sejam rusticas; seus anseios, força e unidade os levarão as trincheiras. Resistindo e lutando com a formação engatilhada nas mãos e na cabeça, vamos a guerra; acreditando que outro mundo é possível. Assim, justificamos nossa labuta. 

Como herdeiros dos conceitos, da ética e da moral à qual o partido tem origem; revindicamos nossos espaços, nossos direito e nosso dever de nortear  a luta do povo, para o povo e pelo povo. Permitindo defender-los das garras dos abutres que os cercam. 

Trabalhadores, uni-vós. Nosso grito é nossa vez e nossa voz por justiça e liberdade.  
     


"Não pode seguir a dois senhores, se é quente ou se é frio. Se tiver morno eu te vomitarei..."


"Ser socialista não é só ter em mente... Mas em seu coração. É liberta-se, é praticar, é compreender e ensinar." Lúcius Akay


"Nossas ideias permaneceram alertas, esperando o dia que se levantaram contra as arbitrariedades e os preconceitos. Nossas ideias evoluem e com elas, nosso caráter" Lúcius Akay

SECRETARIADOS E ADJUNTOS DA JPT ANANI

Luan Alvez - secretario da JPT ANANI
Monique Avila - secretaria adjunta da JPT ANANI
Márcia Nascimento - Secretária de comunicação da JPT ANANI
Gilvandro Santos - 

FONTE: Pilares do Mundo & Os Barbudos
TEXTO: JOSÉ ESTALINE





Dia da Consciência Negra.


REVOLTA E SENZALA  

Sou negro, sou índio, sou escravo, sou mulato;

Dos meus antepassados descendem minhas lutas. Brutas, sou filho do acaso;

Da minha senzala nasce minha revolta;

No tronco à chibatada assombra minha mente, em frente o chicote açoita; 

Escorre o sangue viscoso que lava a dor que nos sufoca e REVOLTA!!! 
Lúcius Akay

Homenagem a todos os negros e negras que construíram e constrói nossa nação.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Israel admite que um terço dos palestinos mortos em Gaza era civil

As crianças são as maiores vítimas da investida israelense contra o território palestino. Pelos menos 25 foram mortas

Agência Efe 
Palestinas choram durante enterros de civis na Cidade de Gaza. Pelo menos 25 crianças foram mortas em bombardeios israelenses

A ofensiva militar israelense contra a Faixa de Gaza completou seis dias nesta segunda-feira (19/11), com um elevado número de civis mortos no território palestino. As Forças Armadas de Israel admitiram que dos 95 palestinos mortos nos bombardeios até o momento, pelo menos um terço não tinha nenhum envolvimento com o conflito. Os oficiais também reconheceram ter atingido por engano a casa de uma família palestina neste domingo (18/11) no ataque mais letal dos últimos dias.

Durante os ataques desta madrugada, pelo menos 15 pessoas foram mortas e mais de 70 ficaram feridas. Segundo fontes médicas citadas pelo jornal palestino Maan, as vítimas eram civis e incluem uma senhora de 60 anos, uma criança de 4 anos e um bebê de 18 meses. De acordo com fontes em Gaza, pelo menos 25 crianças morreram até o momento. Ontem o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) lamentou a escalada da violência e pediu um cessar-fogo imediato. 

Por outro lado, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, mais da metade das pessoas mortas na operação militar israelense era civil até este domingo. O porta-voz da organização disse que pelo menos 750 palestinos estão feridos e muitos enfrentam risco de morte nos hospitais superlotados.

Ontem, jatos israelenses bombardearam uma casa na cidade de Gaza e mataram 11 membros da família palestina Al Dullu. Cinco mulheres, incluindo uma idosa de 80 anos, e quatro crianças, estão entre as vítimas deste ataque, que foi considerado o mais letal da operação. Testemunhas disseram que sobraram apenas destroços da residência no bairro de Sheikh Radwan. 

Oficiais israelenses admitiram que as tropas bombardearam o edifício “por engano” devido a um erro técnico ainda não esclarecido, indicou o jornal Haaretz. Segundo as fontes citadas, os militares tinham como objetivo atingir um líder do Hamas, mas acabaram matando “civis desarmados, incluindo crianças e bebês”. 
Agência Efe (19/11)
Palestinos carregam crianças mortas em um bombardeio israelense contra casa de uma família de civis palestinos na Faixa de Gaza

Poucas horas antes, pelo menos três crianças, incluindo um recém-nascido, e duas mulheres, foram mortas em um bombardeio no campo de refugiados de Bureij, informou a rede Al Jazeera. 

O número de civis palestinos mortos deve aumentar ainda mais nos próximos dias com a intensificação dos ataques israelenses e a falta de indícios de que o governo encerre a operação chamada de Pilar Defensivo. Pelo contrário, as autoridades do país apontaram que pretendem expandir a ofensiva militar e mais de 75 mil oficiais de reserva já foram convocados para uma possível invasão terrestre na Faixa de Gaza.

Massacre deliberado

Palestinos temem que a operação "Chumbo Fundido", que deixou mais milhares de mortos entre 2008 e 2009, se repita. Na ocasião, em apenas 22 dias de ataques israelenses, 1.434 pessoas foram mortas na Faixa de Gaza. De acordo com dados do Centro Palestino de Direitos Humanos, apenas 235 dos mortos eram combatentes e a vasta maioria (1.259), civis. 

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas acusou Israel de ter usado de “força desproporcional” naquele período. Segundo investigação de setembro de 2009, a operação “foi cuidadosamente planejada em todas as suas fases como um ataque deliberadamente desproporcional concebido para punir, humilhar e aterrorizar a população civil palestina”.

Em setembro deste ano, o órgão concluiu que apenas 25% dos edifícios danificados durante o massacre de 2009 foram reconstruídos.

* Com informações da Agência Globo, Haaretz, Agência Efe, AFP e Manan

FONTE: OperaMundi