Da Página do MST
Por volta das 17h de domingo (23), foi assassinado Mamede Gomes de Oliveira, histórico militante do MST do estado do Pará, que tinha 58 anos.
O "seu Mamede" foi morto dentro de seu lote na região metropolitana de Belém, com dois tiros disparados por Luis Henrique Pinheiro, preso logo após o assassinato.
Nascido no Piauí, ele ainda criança foi para Pedreira, no Maranhão, e logo depois veio para o Pará.
Atuou nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), no município de Ananindeua, antes de ir para a ocupação da Fazenda Taba em 1999, hoje Assentamento Mártires de Abril. Neste período, se tornou militante do MST.
Grande lutador e defensor da Agroecologia, nunca abandonou a luta. Tinha certeza de como faria a sua ofensiva ao capital e sempre foi um bom dirigente e educador.
Mamede era uma grande referência na prática da Agroecologia e criou o Lote Agroecológico de Produção Orgânica (Lapo), onde desenvolvia experiências de agricultura familiar para comercialização e consumo próprio.
Mamede Gomes de Oliveira não foi apenas mais uma vítima da violência banal, como a grande imprensa do estado está tratando o caso.
O MST exige que o assassinato de “seu Mamede” seja apurado e que este caso não fique impune.
A produção agroecológica transformou uma área de capim e coco em um agro-sistema diversificado, com mais de 80 espécies vegetais.
“A gente tenta diversificar o máximo possível”, afirma o assentado Mamede Oliveira.
Nessa experiência, entre outras coisas, é produzido mel, própolis, coco, banana (11 variedades), açaí, cupuaçu, feijão caubí, macaxeira, mandioca, além da plantação de flores.
"Saúde e agroecologia não pode pra separar. É fato de a gente fazer essa ligação, porque não dá pra separar. Pra agricultura camponesa, é de suma importância, porque faz o diferencial com o agronegócio", diz o assentado.
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A justiça e os governantes do estado do Pará estão de olhos fechado para a chacina dos defensores da floresta, do povo e da juventude que esta sendo dizimada.
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